A Yamaha está apresentando no Salão de Milão uma YZF-R7 com muitas alterações para 2026. A supersport média ganhou revisões significativas tanto no chassi quanto na aerodinâmica e na eletrônica.

O que menos mudou foi o conhecido motor de dois cilindros em linha de 689 cm³, o mesmo da MT-07, Tracer 7 e Ténéré 700 que desenvolve 74 cv a 8.750 rpm e 6,8 kgf.m de torque a 6.500 rpm. Agora, ele está completamente de acordo com as leis antipoluição do Euro5+.
Se o motor não mudou, o câmbio passou por uma revisão de engate da primeira à terceira marcha para trocas mais suaves, enquanto o ângulo dos dentes de engate nas marchas mais altas foi modificado para suavizar as transições entre as aberturas do acelerador. O quickshifter bidirecional agora é de terceira geração.
Visualmente, a R7 ficou mais esguia na parte frontal. O farol centralizado permanece emoldurado pela distinta entrada de ar em formato de “M”, mas agora utiliza uma lente revisada para melhor fluxo de ar e um spoiler dianteiro remodelado direciona mais ar para o radiador.
Quase todas as partes do quadro tubular de aço da R7 foram aprimoradas na busca por ganhos de dirigibilidade. O layout dos tubos, o diâmetro, a espessura e os reforços foram revisados para aumentar a rigidez torsional, longitudinal e lateral – tudo isso mantendo o mesmo peso total de 188 kg.

A ergonomia foi retrabalhada, reposicionando o guidão e remodelando o tanque de combustível. A altura do assento também foi reduzida em 5 mm, para 830 mm, e as novas pedaleiras foram herdadas da atual R1, exclusiva para pistas, deixando a supersport mais focada em pistas do que antes.
Na dianteira, os garfos KYB de 41 mm abandonaram as hastes de aço em favor de peças de alumínio, reduzindo 350g – enquanto isso, as novas mesas de direção eliminam ainda mais o excesso de peso. Eles continuam totalmente ajustáveis em pré-carga, retorno e compressão. O amortecedor traseiro também foi revisado.
Completando o pacote de atualizações mecânicas, estão as novas rodas de alumínio forjado Spin Forged (não fundido, outra novidade na R7) que reduzem o peso não suspenso e a inércia, calçadas com pneus Bridgestone Battlax Hypersport S23 de excelente qualidade.
Mas a maioria das novidades são de ordem eletrônica. A Yamaha R7 recebeu uma nova centralina eletrônica que mede seis eixos inerciais e possibilita a introdução de um conjunto completo de recursos de segurança, antes disponível apenas nas motocicletas topo de linha da marca.
Os cabos de acelerador tradicionais foram substituídos pelo acelerador eletrônico ride-by-wire da Yamaha, que, segundo a marca dos diapasões, oferece uma entrega de potência mais precisa, com a curva de torque suavizada em toda a faixa de rotações.

Agora a R7 conta com controle de tração de três estágios, controle de derrapagem, controle de wheelie, além de um sistema de gerenciamento de freio motor ajustável – agora que a moto pode monitorar ativamente a aceleração, inclinação, rolagem e guinada em tempo real.
O controle de largada agora é de série, e a Yamaha também adicionou a opção de desativar o ABS traseiro. Cada sistema pode ser ajustado de acordo com as preferências do piloto a partir do celular, salvar até 40 configurações e carregá-las para a moto sem a necessidade de fios.
A tecnologia não para por aí: os clientes também poderão acessar o aplicativo Y-Trac Rev, que adiciona telemetria utilizando dados de GPS para registrar tempos de volta e de setor, ângulo de inclinação, posição do acelerador e até mesmo receber mensagens dos boxes em tempo real por meio de um painel virtual.
Para celebrar 70 anos de produção de motocicletas, a Yamaha lançou uma pintura comemorativa especial para toda a sua linha de motos esportivas (incluindo os modelos R125, R3, R7 e R9) inspirada na icônica YZF-R7 de 1999. Além dassa, houve também uma atualização nas pinturas padrão azul e preta para o próximo ano.






