Lucas Carioli Apesar de já estarem vendendo dois scooters elétricos na Europa, o Presidente da BMW Motorrad, Markus Flasch disse que a empresa não deve seguir os passos da Honda e fazer apenas motos elétricas no futuro. “Mudamos nossa estratégia”, disse.
Flasch, que assumiu o cargo no final do ano passado, foi entrevistado pela divisão italiana da revista Motociclismo, no final de maio de 2024, na ocasião do Concorso d’Eleganza de Villa d’Este, onde a BMW apresentou o seu scooter elétrico futurista CE-02.
“Mudamos a nossa estratégia e isso não inclui mais motos elétricas. Há alguns anos, pensávamos que a demanda dos clientes iria na direção dessas motocicletas, mas se olharmos para o mercado atual, vemos que o motociclista ainda não está pronto para aceitar tal veículo”, afirmou.
“Superestimamos, portanto, a demanda, o mercado das motocicletas não é regulamentado como o de automóveis. Usar uma moto corresponde a outras motivações, que certamente não são iguais as dos carros”, explicou Flasch.
“Além disso, existe sempre o verdadeiro problema da infraestrutura das recargas. É por isso que os motociclistas ainda relutam em comprar uma moto elétrica para passear no lago ou nas montanhas”, opinou Flash, que também é motociclista e entusiasta das corridas.
Recentemente, a Honda, através de uma conferência interna para sua cadeia de fábricas e representantes, reiterou os seus planos originalmente lançados em 2021 de abolir todas as suas motocicletas a combustão até o ano de 2040.
