Lucas Carioli A Ducati apresentou hoje (4) o modelo 2026 da Hypermotard V2, que ganhou o novo motor V-Twin de 890cc e também um novo chassi monocoque, que deixou o seu conjunto mais leve e compacto.
Desde que foi introduzida em 2005, a Hypermotard chega a sua quarta geração com uma plataforma técnica completamente redesenhada em comparação com a geração anterior de 950cc, com o objetivo de tornar a motocicleta mais fácil e divertida de pilotar do que nunca.
Tudo gira em torno do novo motor, um V-Twin de 890 cc apresentado no ano passado, com comando de válvulas de admissão variável (IVT), produzindo 120 cv e um torque máximo de 94 Nm. 70% desse torque está disponível a partir de apenas 3.000 rotações. Nada de comando desmodrômico aqui.
Esse é o motor bicilíndrico mais leve que a Ducati já construiu, pesando apenas 54,4 kg, uma redução de peso de 6,42 kg em comparação com seu antecessor, o Testastretta 11°. Desde sua apresentação, ele vem sendo introduzido na linha média aos poucos e cai como uma luva na Hypermotard, concebida para ser uma fun bike.
Mas, para acomodá-lo melhor, a Ducati desenvolveu um novo chassi estilo monocoque, que integra o motor não apenas como elemento estrutural, mas também junto com a caixa de ar. Dessa forma, eles buscam alcançar um design compacto e rígido com peso reduzido. São apenas 180 kg em ordem de marcha.
A suspensão difere entre as duas versões da Hypermotard: a V2 standard vem com garfos invertidos Kayaba de 46 mm e um amortecedor Kayaba, enquanto a versão SP conta com componentes Öhlins totalmente ajustáveis NIX30 na dianteira e STX46 na traseira. Ambas possuem amortecedor de direção Sachs.
Ambas também são equipadas com discos duplos de 320 mm na dianteira, mas a básica vem com pinças Brembo M4.32 monobloco e um cilindro mestre radial PR18/19, enquanto a SP é equipada com pinças Brembo M50 e um cilindro mestre PR16/21.
Elas diferem também nas rodas. A standard vem com rodas de liga leve calçadas em pneus Pirelli Diablo Rosso IV (120/70-17 e 190/55-17). Já a SP vem com rodas forjadas (supostamente 1,56 kg mais leves) e, para uso em pista, estão disponíveis pneus slick Pirelli Diablo Superbike.
Como em toda Ducati, a eletrônica é de primeira. Graças a uma centralina de seis eixos,os recursos padrão incluem ABS em curvas, controle de tração de 8 níveis, controle de wheelie, quickshifter e controle de freio motor, um sistema que regula a frenagem do motor ao reduzir marchas ou fechar o acelerador.
O painel TFT de 5 polegadas conta com três modos de visualização (Road, Road Pro e Track) e um joystick no lado esquerdo do guidão para controlar tudo. A moto ainda conta com controle eletrônico de largada e limitador de velocidade nos boxes, normalmente 60 km/h, conforme exigido nos Track Days.
A Ducati oferecerá ainda uma gama de acessórios, incluindo um escapamento Termignoni homologados e de competição, componentes em fibra de carbono, sistema multimídia (DMS) com Bluetooth, Lap Timer Pro com GPS e diversas opções de conforto e turismo.
A nova Hypermotard deve chegar às concessionárias europeias em abril de 2026. Nos EUA, sua chegada está prevista para maio, enquanto que no Japão e Austrália devem começar em outubro. No Brasil, a sua vinda é incerta. O preço ainda não foi anunciado.
Ducati Hypermotard V2
Ducati Hypermotard V2 SP
