A Honda apresentou hoje (4) para o Salão de Milão a nova CB 1000 GT, crossover derivada da CB 1000 Hornet que chega ao mercado europeu para rivalizar com Yamaha Tracer 9, Suzuki GSX-S1000GT e Kawasaki Versys 1100.

O motor, como você poderia imaginar, é o mesmo da Hornet, que, por sua vez, é uma derivação da Fireblade de 2017, um quatro cilindros em linha de 998 cm³ que aqui está rendendo respeitáveis 150 cv a 11.000 rpm e 102 Nm de torque a 8.750 rpm, mais do que suficientes para a proposta relaxada da motocicleta.
O motor é fixado por uma estrutura monobloco de aço em formato de diamante, adaptada da Hornet, que, segundo a fabricante, é estreita entre as pernas do piloto. Para maior conforto do passageiro e da bagagem, o subchassi foi alongado, e a balança traseira também foi estendida de 619 mm para 635 mm visando maior estabilidade.
Tudo é envolto em uma nova carroceria, projetada com foco na proteção contra intempéries e na aerodinâmica, com um para-brisa dianteiro ajustável em cinco posições, oferecendo 81 mm de amplitude de movimento, dependendo da situação de pilotagem.
Para se adequar à nova proposta, a suspensão eletrônica Showa-EERA (também disponível na CRF1100L Africa Twin) ajusta os níveis de amortecimento com base nos dados de velocidade da ECU, na posição e ângulo da moto medidos pela IMU e no comportamento da suspensão dianteira – obtido pelo sensor de curso.
O curso da suspensão traseira foi aumentando em 4 mm em relação à Hornet, chegando a 144 mm. Na dianteira, o curso permaneceu inalterado em 130 mm, com quatro configurações de suspensão predefinidas disponíveis, além de uma configuração “Usuário” que permite um ajuste mais personalizado.

A frenagem é garantida por pinças dianteiras Nissin de quatro pistões com montagem radial e discos flutuantes de 310 mm, com ABS em curvas. As rodas, nas medidas 120/70-17 na dianteira e 180/55-17 tem o desenho originalmente concebido para o conceito da CBR1000RR-R Fireblade.
Para pilotar, a Honda equipou a moto com tudo do bom e do melhor em termos de conforto e ajudas eletrônicas. A CB 1000 GT conta com uma centralina eletrônica de seis eixos inerciais que permitiu a inclusão de três níveis de potência, freio motor e controle de tração (que também pode ser completamente desligado).
Tudo é visualizado em um painel TFT com conectividade integrada para smartphones e controlado através de comandos nos punhos estilo joystick. A chave é do tipo smartkey (inteligente) e os pistas tem cancelamento automático, não precisa apertar o botão novamente ao sair das curvas.
A moto vem com um pacote de equipamentos de série surpreendentemente completo, incluindo ainda o sempre útil cavalete central reforçado, protetores de mão, manoplas com aquecimento, controle de cruzeiro e, por último, mas não menos importante: os dois grandes baús laterais que cabem dois capacetes fechados.
O preço da nova Honda CB 1000 GT ainda não divulgado, mas ela estará nos concessionários europeus provavelmente no primeiro semestre de 2026 em três opções de cores, vermelha, cinza e preta. Sua chegada ao Brasil é incerta, mas bastante possível, já que esse segmento também faz sucesso aqui.










