Como já se esperava, Marc Márquez não estará presente nas próximas duas etapas da MotoGP, os GPs da Austrália, em Phillip Island, e da Malásia, em Sepang. O eneacampeão vem de uma forte queda no GP da Indonésia, quando foi derrubado por Marco Bezzecchi e lesionou bastante o ombro direito.

Bezzecchi (Aprilia) tentou passar Márquez (Ducati) ainda na primeira volta, mas o resultado foi desastroso, com ambos na caixa de brita do circuito de Mandalika. O italiano não se feriu, mas o espanhol teve uma uma fratura no ombro direito e voou imediatamente para a Espanha para mais exames.
A equipe médica do Hospital Internacional Ruber, em Madri, confirmou que Márquez sofreu uma fratura do processo coracoide — uma protrusão óssea que se projeta da borda superior da escápula — e uma lesão ligamentar no ombro direito.
De acordo com o comunicado da Ducati, exames clínicos e radiológicos descartaram qualquer conexão com lesões anteriores e confirmaram que não houve deslocamento ósseo significativo. De modo que não será necessário uma cirurgia, apenas a imobilização do ombro afetado até a cicatrização completa.
“Felizmente, a lesão não é grave, mas é importante seguir o cronograma de recuperação”, disse Márquez. “Meu objetivo é voltar antes do final da temporada, mas sem me precipitar em atender às recomendações médicas. Meus principais objetivos pessoais e da equipe foram alcançados, então a prioridade agora é me recuperar adequadamente e voltar a 100%.”
Podemos dizer, então, que Márquez já está oficialmente de férias. Sua participação nos próximos GPs, da Austrália e da Malásia está descartada. O espanhol só deve voltar agora para o grand finale de sua temporada, o GP de Valência, na Espanha, entre 14 e 16 de novembro.
Sem Márquez na pista, abre-se a perspectiva de uma disputa muito interessante, especialmente pelo vice-campeonato que ainda está em aberto entre Alex Márquez, Francesco Bagnaia e Marco Bezzecchi. Isso sem mencionar outros novos candidatos à vitória como Fermin Aldeguer.
Será uma espécie de Mundialito, fazendo referência à disputa entre Valentino Rossi e Alex Barros na reta final da temporada 2002, quando o brasileiro, que passou o ano inteiro com uma desafasada Honda NSR500 de dois tempos, finalmente teve à sua disposição uma RC211V igual à do italiano, já com o título garantido.