Lucas Carioli
Com a a vacinação ganhando velocidade pelo Brasil, o mercado começa a responder. As vendas de motocicletas cresceram 47,70% no primeiro semestre de 2021 em relação ao mesmo período em 2020.
De acordo com os dados levantados pela FENABRAVE, foram 517.362 motocicletas emplacadas até 30 de junho de 2021, ao passo que na mesma data do ano passado, quando boa parte do Brasil estava parado pelo Coronavírus, tinham sido registrados apenas 350.280 emplacamentos.
Na verdade, o aumento poderia ter sido até maior, já que as vendas recuaram um pouco de maio para junho (-3,34%). Mesmo assim, quando o último mês é comparado com o mesmo em 2020 a melhora é astronômica: 132,5%. Como um todo, o segmento de duas rodas também cresceu de 3,07% para 3,4% em um ano.
Essa retração em junho ainda é resultado das paralisações que as fábricas tiveram que fazer nos últimos meses: “As fábricas não estão trabalhando com toda a capacidade. A falta de componentes e insumos atinge toda a cadeia produtiva e prejudica a retomada“, disse o presidente da FENABRAVE, Alarico Assumpção Júnior. “A fila de espera para alguns modelos chega a 40 dias“, completou.
Entre as regiões, o sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo) foi a que apresentou o maior índice de crescimento, quase sempre acima dos 30% ao mês, seguida do nordeste. As regiões norte, centro-oeste e sul também apresentaram crescimento constante, mas na casa dos 10%.
A expectativa atual da entidade é de que o setor encerre o ano de 2021 com um crescimento de 16,2% em relação a 2020, o que corresponde a pouco mais de 1 milhão de motocicletas vendidas. A última vez que ultrapassamos essa barreira foi em 2019 (1.077.537). Nosso recorde de 2 milhões de unidades foi estabelecido em 2008.
