Lucas Carioli
A Moto Honda da Amazônia anunciou ontem (28) a extensão da suspensão de suas atividades produtivas na fábrica de Manaus (AM), devido ao impacto da pandemia de Coronavírus no município, que enfrenta sobrecarga no sistema de saúde.
Anteriormente prevista para 4 de maio, a retomada da produção foi prorrogada para o dia 18 do mesmo mês. A operação, que está suspensa desde o fim de março, será reiniciada gradualmente com a adoção de protocolos adicionais de segurança e visa a conciliar o cuidado com a saúde e a necessidade de atendimento à demanda atual do mercado de motocicletas.
Em acordo coletivo, firmado com o Sindicato dos Metalúrgicos de Manaus, com base na Medida Provisória 936/2020, foi estabelecido que a maior parte dos colaboradores terá o contrato de trabalho temporariamente suspenso por período máximo de 60 dias. Os termos do acordo deixam de ser válidos assim que os colaboradores retornarem ao trabalho, a partir do dia 18 de maio.
Nesse período, por meio de ajuda compensatória, será assegurado de 75% a 100% da renda líquida atual do colaborador, o que vai além da exigência prevista na Medida Provisória. O desconto, que varia de 0% a 25%, será escalonado conforme faixas salariais, sendo maior para os níveis superiores.
De acordo com os últimos dados oficiais, o Estado do Amazonas já contabiliza, sozinho, 4.337 casos confirmados e 351 mortes até ontem (28), números superiores a nove países de toda a América do Sul e suficientes para fazer o sistema de saúde e funerário entrar em colapso.
A Honda ainda afirma que “seguirá acompanhando o cenário, bem como as orientações governamentais, unindo-se aos esforços coletivos para conter os avanços da covid-19. Dessa forma, contribui para que as condições de vida das pessoas e da indústria de motocicletas retornem com êxito à normalidade no menor tempo possível”. A fábrica está desenvolvendo um novo respirador pulmonar para ajudar a rede hospitalar.
