Lucas Carioli
Pela primeira vez, alguém falou abertamente sobre a possibilidade de aquisição da Ducati. Essa pessoa foi Rajiv Bajaj, chefe da Bajaj Auto, uma das maiores montadoras da Índia. O executivo disse que a empresa tem dinheiro na mão para o negócio e o fechamento do acordo estaria próximo.
Bajaj conversou com os jornalistas do Economic Times e insinuou que sua empresa estava no estágio final de selar o acordo com a Ducati. A montadora italiana tem tudo para ser vendida pelo Grupo Volkswagen, que está em dívidas devido ao escândalo das emissões de poluentes de 2015.
“Estamos muito perto de finalizar uma aliança muito promissora“, disse Bajaj. “Não é certo, que isso acontecerá, mas, se acontecer, abrirá enormes possibilidades para a empresa. É por isso que mantemos nosso dinheiro conosco, então, de vez em quando, quando uma oportunidade vem, estamos prontos”.
De acordo com o Asphalt and Rubber, a Babaj Auto teria em caixa algo em torno de US$ 13 bilhões de dólares disponíveis. Isso significa que a marca indiana possui dinheiro sobrando para a aquisição da Ducati, avaliada em 1,3 bilhão de euros pela Volkswagen.
A aproximação da Ducati com a Bajaj Auto também faz sentido aos planos expansionistas da marca italiana. Nos últimos anos, eles têm aumentado progressivamente a sua linha, com a Scrambler se tornando na primeira motocicleta a não ser fabricada na fábrica de Borgo Panigale.
Essa também não seria a primeira associação da Bajaj Auto com uma grande marca europeia. Os indianos já possuem uma parceria com a KTM, para montar em suas instalações as motos austríacas, o que barateia os custos de produção e venda.
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