A KTM ainda está buscando um investidor/parceiro para continuar financiando a sua participação no Mundial de Motociclismo. Mas, de acordo com o novo CEO da empresa, isso deve acontecer esse mês.

Desde que declarou falência, exatamente um ano atrás, o projeto de competição da KTM ganhou um ponto de interrogação. A junta de investidores, que assumiu o controle da empresa, no início do ano, votou pela saída da MotoGP e a Bajaj Auto, que assumiu tudo a partir de maio, também não tem se mostrado muito interessada.
Mas eles sabem o valor da MotoGP e a boa exposição que pode causar. O diário alemão Speedweek conversou com o novo CEO da KTM, Gottfried Neumeister, que revelou estar conversando com investidores para manter as operações no Mundial de Motociclismo em 2026 e além.
“Não é segredo que existe um enorme interesse por parte dos investidores em se envolverem no projeto da MotoGP. Um parceiro que possa cobrir, por exemplo, 30% dos custos operacionais é muito bem-vindo. Mas também quero deixar bem claro: jamais abriremos mão do controle da equipe”, disse Neumeister.
“O processo se prolongou devido ao grande interesse; em certos momentos, recebíamos novas consultas quase diariamente. No entanto, estamos deliberadamente agindo com calma e queremos garantir o melhor negócio possível. É importante ressaltar que não se trata apenas de um investidor fornecer capital. Dinheiro por si só não basta – a sinergia também precisa funcionar. Estamos falando de construir uma parceria sólida e confiança mútua“, explicou.
De acordo com Neumeister, as conversas estão bem encaminhadas. “Já conversei pessoalmente com vários potenciais investidores”, revelou o empresário. “Espero que possamos chegar a um acordo antes do Natal. O principal era entender o interesse e poder começar com uma garantia sólida para 2026.”
A impressão que dá é que a Bajaj não vai investir um centavo a mais do que já está investindo, ou até menos. O que pode ser significativo na MotoGP neste momento, já que o regulamento técnico vai mudar completamente em 2027, com motos de 850 cm³, pneus Pirelli e gasolina sintética. O que, naturalmente, demanda uma maior quantidade de investimentos.
