Lucas Carioli Diogo Moreira foi um dos pilotos a dar entrevistas na abertura do GP da Austrália nesse fim de semana em Phillip Island. Na briga pelo título da Moto2 e novo contratado da Honda para a MotoGP, o brasileiro de 21 anos tinha muito o que responder.
Moreira foi o escolhido da marca japonesa para substituir Somkiat Chantra na LCR Racing a partir de 2026 em um contrato de três anos. O paulista, portanto, foi questionado pelos microfones da MotoGP sobre a sua escolha da Honda nas negociações dos últimos meses.
“Acreditei na Honda desde o primeiro momento em que nos conhecemos. É uma empresa enorme, sempre quis correr por ela e sempre me perguntei se faria sentido correr por outra empresa. No fim das contas, acho que é a melhor solução para mim”, disse Moreira.
Então, Moreira faz uma revelação interessante: apenas Marc Márquez estava a par de suas negociações: “Falei com as pessoas ao meu redor, com a minha equipe. Quanto aos pilotos não, falei apenas com Marc Márquez, conversei com ele muitas vezes sobre a minha carreira e o meu futuro. Acho que será ótimo correr com ele.”
Além disso, o GP do Brasil está de de volta ao calendário em 2026 e ele sabe o que isso significa: “A expectativa é enorme e é muito bom correr no Brasil. Todos os meus amigos fãs e familiares estarão lá. Vou ter que me esforçar para manter o foco naquele fim de semana.”
Moreira chega à MotoGP em um período de transição. 2026 será o último ano das motos com 1000cc e dos pneus Michelin antes da chegada dos motores de 850cc, com gasolina sintética e pneus Pirelli. O piloto de 21 anos parece tranquilo quanto a isso.
“O ano que vem será diferente do seguinte, com o regulamento de 2027. Eu diria que vou tentar me divertir, tenho três anos”, relembrou Moreira aos jornalistas presentes. “Posso aproveitar o momento e também entender melhor a motocicleta e a categoria”, acredita.
Voltando a 2025, há uma disputa pelo título em jogo, que acirrou-se com a sua vitória e a desclassificação do líder do campeonato, Manuel Gonzalez, na última etapa na Indonésia. De repente, Moreira descontou 25 pontos e está apenas nove atrás restando quatro etapas.
“Eu estava voltando para Barcelona, não estava prestando muita atenção”, disse Moreira, sobre a declassificação de Gonzalez sobre um software não homologado encontrado na sua moto. “Mas não consigo pensar no Manu, tenho que tentar me concentrar apenas em mim e dar o meu melhor.”
“Tenho que estar focado corrida após corrida, tenho que me manter na frente”, adicionou Diogo. “Tenho quatro corridas restantes e alguns pontos para recuperar. Só isso”, minimizou o piloto de 21 anos. Os treinos livres para o GP da Austrália começam amanhã (17).
