Lucas Carioli A Yamaha Motor divulgou os seus resultados comerciais de 2024. As vendas de motocicletas aumentaram cerca de 2% e, com o período de austeridade terminado, a empresa deve dar passos mais ousados nos próximos anos.
Foram mais de 4,9 milhões de motocicletas vendidas globalmente em 2024 contra 4,8 em 2023, o que corresponde a um aumento de 2,78%. Isso se deve a maiores volumes de vendas nos mercados desenvolvidos (como Europa e EUA) e em desenvolvimento, como Índia e Brasil.
As receitas do negócio de motocicletas como um segmento independente também aumentaram devido a preços mais altos por motocicleta vendida no Brasil e na Índia. Porém custos ainda maiores e resultados piores em outros departamentos fizeram com que os lucros do grupo caíssem.
O aumento dos custos de mão de obra e os maiores custos com despesas de vendas, gerais e administrativas (SG&A), além do custo de reivindicações de garantia e outros pagamentos, resultaram em um lucro praticamente estável para o segmento de motocicletas em comparação a 2023.
Com o fim de 2024, o Plano de Gestão de Médio Prazo (MTP), que foi parcialmente elaborado durante o período da pandemia de Covid-19, expirou. O novo MTP deixa claro que o foco no próximo período será expandir a participação de mercado, particularmente no leste asiático e mercados emergentes.
O que é interessante é que a Yamaha pretende aumentar sua participação no segmento de modelos premium e não de custo-benefício como outras marcas. Os gastos com pesquisa e desenvolvimento também aumentarão com “atualizações completas para mais de 20 modelos.”
Em termos de veículos elétricos, a Yamaha pretende “incentivar tanto o desenvolvimento da sua própria plataforma como colaborações externas” bem como reduzir 7% no consumo de combustível até 2030. Também estão sendo consideradas peças de carenagem feitas de plástico reciclado ou celulose.
A Yamaha Motor também está com um novo CEO. Katsuaki Watanabe assumiu inesperadamente as rédeas da empresa no final do ano passado, após seu antecessor, Yoshihiro Hidaka, ser obrigado a renunciar devido a graves problemas familiares relatados aqui.
