Lucas Carioli A Gresini Racing e Marc Márquez anunciaram hoje (12) o que todo mundo já sabia: que irão unir forças na temporada 2024 de MotoGP. No comunicado o octacampeão fala em “decisão difícil” e “sair da zona de conforto”.
Márquez decidiu ingressar na Gresini – onde já corre o seu irmão Alex – após os testes coletivos de Misano, realizados em 11 de setembro. Na ocasião, o espanhol testou o modelo 2024 da Honda RC213V na qual não gostou. Por isso decidiu tomar o passo mais arriscado de sua carreira.
“Estou entusiasmado com este novo desafio. Não foi uma decisão fácil porque é uma grande mudança em todos os sentidos. Mas às vezes na vida é importante sair da zona de conforto e se colocar à prova para continuar crescendo“, disse Márquez.
“Em termos de sorte na moto, sei que terei que adaptar meu estilo de pilotagem a algumas coisas e não será fácil. Mas também tenho a certeza que toda a equipe Gresini me vai ajudar muito. Mal posso esperar para conhecer a equipe e começar a trabalhar com eles. Gostaria de agradecer a Nadia, Carlo e Michele pela confiança e respeito que me demonstraram“, completou.
A Gresini Racing é uma equipe fundada pelo ex-piloto Fausto Gresini, lamentavelmente morto pela Covid-19 em 2021. Em outras épocas, correram por seu time nomes como Alex Barros e Marco Simoncelli. Atualmente a estrutura segue liderada pela viúva, Nadia Padovani e seus filhos.
“Este é um momento histórico para a Família Gresini. O facto de Marc Márquez ter escolhido correr conosco na próxima temporada é absolutamente fantástico e estou extremamente feliz por poder tornar isso oficial“, disse Nadia. “Em menos de uma temporada estivemos muito próximos do seu irmão e daremos as boas-vindas ao Marc da mesma forma, pois temos a certeza que ele tem todo o potencial para ser competitivo na GP23 desde o início.“
A Gresini, em sua encarnação original, era uma grande parceira da Honda, quando tinha uma moto competitiva. Entre 2015 e 2021 eles tinham uma Joint Venture com a Aprilia e desde o ano passado voltaram a ser totalmente independentes, com maquinário Ducati do ano anterior, vencendo corridas com Enea Bastianini e o próprio Alex Márquez esse ano.
Em 2024, portanto, os irmãos Márquez irão ter a disposição a Ducati GP23 que esse ano vem dominando a temporada com Pecco Bagnaia e Jorge Martin, apesar de muitas ressalvas, principalmente do atual campeão mundial. No entanto, na Gresini, que é uma equipe cliente, como a VR46 (e não satélite como a Pramac Racing), o suporte técnico é bem reduzido.
Outro aspecto é que, ao contrário de Valentino Rossi, Márquez provavelmente não vai levar da Honda uma equipe particular, como o seu assistente mais próximo, Santi Hernandez. Da mesma forma, a petrolífera Repsol, que tem contrato com a Honda até 2024, já reiterou que fica na fabricante japonesa. Eles agora estão na difícil missão de encontrar um piloto substituto para a próxima temporada.
