Lucas Carioli
Mesmo tendo desenvolvido uma motocicleta bastante revisada para 2022, a Honda continua tendo muitos problemas de dirigibilidade na MotoGP. Marc Márquez fez progressos no teste da semana passada em Jerez, mas um grande avanço não parece ter se concretizado.
Desde o início da temporada, a Honda conquistou apenas um pódio até agora com Pol Espargaró em terceiro no GP do Catar. Márquez, por outro lado, tem apenas um quarto, dois quintos e um sexto lugar como melhores resultados. Vale lembrar que o espanhol não correu na Indonésia após quatro acidentes consecutivos.
“Tentamos alguns desenvolvimentos no campo da aerodinâmica. Comparamos as peças deste ano com as do ano passado. Foi importante testar essas coisas nos circuitos mais estreitos e menores“, disse Márquez sobre o teste coletivo realizado em Jerez, onde ficou apenas com a 15º melhor volta.
“Claro que você sempre quer mais, mas algumas coisinhas funcionam bem“, disse o espanhol tentando parecer mais otimista. “Temos que continuar trabalhando duro porque nossos pontos fracos ainda estão lá. Isso significará muito trabalho para nós no futuro“, reconheceu.
A próxima parada é o GP da França em Le Mans, um circuito onde a Honda também não se destaca. “Às vezes as coisas novas funcionam, mas às vezes você também sente que foi o caminho errado. Após o teste da semana passada, estamos muito entusiasmados com a corrida em Le Mans“, completou Márquez.
Para 2022, a Honda desenvolveu uma RC213V mais ao agrado dos demais pilotos, com mais aderência na traseira. O que parece não ter surtido o efeito desejado, já que Márquez continua sendo o piloto da marca melhor classificado, em nono com 44 pontos. Pol Espargaró é 12º com 35 pontos.
