Lucas Carioli
A hora de Dani Pedrosa na principal equipe da Honda pode estar realmente chegando ao final. Joan Mir está sendo cogitado para substituí-lo e até já teria um pré-contrato para 2019.
O rumor, que já existia principalmente entre a imprensa espanhola desde o final do ano passado, ganhou muita força no Grande Prêmio da França, realizado ontem (20) em Le Mans. Na corrida da Moto2, Mir chegou ao seu primeiro pódio na categoria após apenas cinco etapas realizadas.
Mir é considerado uma das maiores promessas da Espanha para a próxima década. O piloto de 20 anos foi campeão na Moto3 no ano passado com muita facilidade, conquistando nada menos do que dez vitórias em dezoito etapas, além de outros três pódios.
Esse ano, seu primeiro na Moto2, Mir chama atenção pela maturidade e velocidade com que vem progredindo, muito mais rápido do que seu companheiro de equipe Álex Márquez, que compete na categoria intermediária desde 2015.
“Joan treina muito frequentemente com motos de 1000cc nas pistas espanholas. Ele conhece essas máquinas pesadas“, explicou o empresário de Mir, Paco Sanchez, que permanece neutro quanto às possibilidades de ingressar na MotoGP.
“É muito cedo para dizer algo sobre 2019. Ele está pronto para a próxima mudança de classe, mas eu prefiro que ele fique mais um ano na Moto2“, continuou Sanchez. “Ele tem apenas 20 anos, tem tempo. Por outro lado, as equipes de fábrica estão quase todas fechadas para 2019 e 2020. Então Joan teria que ficar na Moto2 por três anos. Isso é um tempo longo demais“, analisa. “E há um risco, você nunca sabe se os próximos anos serão bem sucedidos“.
Entre as equipes de ponta na MotoGP, resta apenas uma vaga na Honda, Ducati e Suzuki. A possibilidade mais concreta, no entanto acontece ao lado de Marc Márquez, porque seu companheiro de equipe Dani Pedrosa já está lá há 12 anos, tempo mais longo do que qualquer outro piloto que tenha passado pelo time.
Para piorar a situação, os japoneses escolheram Alberto Puig como novo chefe da equipe para 2019. Ex-piloto, o espanhol foi o “descobridor” de Pedrosa, antes de os dois se desentenderem no início da década. Ao mesmo tempo, a marca japonesa já procura por uma espécie de sucessor para Márquez.
