Lucas Carioli
O grande destaque do Grande Prêmio da Malásia foi Franco Morbidelli, que graças à desistência de Thomas Luthi conseguiu chegar ao título mundial da Moto2 com uma etapa de antecedência. O ítalo-brasileiro confessou ser um sonho se tornando realidade, mas também lamentou a lesão do rival.
“Sinto muito por Tom“, começou por dizer Morbidelli durante a entrevista coletiva. Luthi sofreu um forte acidente na classificação de ontem (28) e foi considerado inapto para realizar a corrida. “Nós sofremos e celebramos. Foram dois grandes anos. Isso é incrível“, enfatizou.
Com a decisão dos médicos, Morbidelli começou a corrida com o título garantido, mas o piloto disse que a ficha só caiu após a bandeirada: “Quando acordei pela manhã, eles me disseram que Luthi não pode competir, mas eu não me sentia como um campeão mundial“, contou. “Foi só depois da bandeira quadriculada que me senti como um. Agora eu estou incrivelmente feliz. É um sonho se tornando realidade”.
Na corrida, Morbidelli tentou vencer, mas confessou não ter ritmo para alcançar o veloz Miguel Oliveira: “Tentei ficar atrás de Miguel, mas ele foi muito rápido no início especialmente com os pneus novos“, confessa. No final da prova, o piloto ainda foi ultrapassado por Brad Binder. “Eu não esperava que Brad me alcançasse, mas eu só queria garantir este pódio para festejar bem“, admite.
Morbidelli já tem oito vitórias na temporada, número que ainda pode aumentar na etapa final que será realizada em Valência, dia 12 de novembro. Perguntado sobre qual delas gostou mais, o ítalo-brasileiro citou o GP da Holanda pelo duelo com Luthi. “A melhor corrida do ano foi Assen, o único duelo real contra Tom“. Os dois serão companheiros de equipe na MotoGP em 2018.
