Aos 42 anos, Valentino Rossi esbanja vitalidade e confiança. O novo piloto da Petronas-Yamaha disse que pretende conquistar resultados melhores em 2021 e não descarta o décimo título mundial.
Em sua primeira entrevista como piloto da Petronas, Rossi não se mostrou muito preocupado por não estar mais em um time de fábrica e lembrou que suas duas primeiras temporadas no Mundial (ainda nas 500cc) foram em equipes satélite.
“Fui piloto de fábrica de 2002 a 2020, 19 temporadas na MotoGP. Em meus primeiros dois anos, no entanto, eu estava em uma equipe satélite. É verdade que 20 anos se passaram e as 500cc eram um mundo diferente, mas eu me sentia muito confortável naquela época“, relembrou Rossi.
“Pelo que entendi, menos gente trabalhará na moto e a forma de trabalhar da equipe cliente também é um pouco diferente. Você pode pensar mais na corrida do que no trabalho de desenvolvimento. Isso pode ser bom, porque a equipe de fábrica tem que desenvolver a moto durante a temporada e pensar na do ano seguinte, isso leva tempo“, analisou.
De sua parte, Rossi garante que vai exigir o máximo de si: “Não dirijo apenas para passar o tempo. Esta temporada é muito importante para mim porque as duas últimas ficaram aquém das minhas expectativas, principalmente em termos de resultados“, reconhece. “Os resultados serão fundamentais. Quero tentar ser competitivo, mais forte, quero lutar por pódios e vitórias e ser competitivo durante toda a temporada do início ao fim.“
Por isso, o décimo título não é algo impossível para Rossi: “Em minha opinião, todos no grid acreditam que podem ganhar o título. Eu também, com certeza”, garante. “É difícil porque há muitos pilotos rápidos. Mas depende de muitas coisas: da moto anda, da equipe, se estou em forma. Estou em boa forma. Portanto, estou pilotando com segurança para tentar vencer. Estou obcecado com o décimo título? Não. Também posso ficar satisfeito se vencer outra corrida ou conseguir alguns pódios – uma temporada entre os primeiros. Então, todos podem decidir por si próprio o que isso significa.“
Se os resultados vierem, Rossi garante que continua. Mas se não vierem, a decisão de se aposentar virá na metade do ano: “Quero primeiro pilotar metade da temporada. Minha decisão vai depender dos resultados”, explica. “Se eu for forte e conseguir lutar pelos pódios e pela vitória, posso adicionar mais um ano. Vou decidir no verão“.
“Não é uma decisão fácil, mas tudo depende dos resultados“, reconhece. “Se for competitivo e puder lutar pela vitória e pelo pódio, então acho que posso continuar. Mas isso é apenas minha intenção. Não falei com a equipe ou com a Yamaha. Talvez eles me digam que a decisão não é minha”, riu.
E mesmo que a aposentadoria venha, Rossi pretende continuar ligado às corridas: “Definitivamente minha vida vai mudar com o fim da minha carreira, mas não me preocupo com isso. Sei que tenho uma carreira muito longa e que sou feliz. E quero continuar um piloto, em um carro de corrida. Então minha vida vai mudar, mas espero que não muito“. Rossi volta para a pista no próximo sábado (6) com os testes de Losail.