Conforme o esperado, a Trackhouse anunciou hoje (5) a sua entrada na MotoGP em 2024 como nova equipe satélite da Aprilia em substituição à CryptoDATA RNF Racing.
Oriunda da NASCAR, a Trackhouse é uma equipe fundada em 2021 por Justin Marks, ex-piloto de 42 anos com uma vertente empresária, já que também é proprietário de um complexo de kart na Carolina do Norte e seu pai é sócio da GoPro, além do time de basquete, Golden State Warriors.
Eles chegam para assumir as vagas CryptoDATA RNF Racing, excluída da temporada 2024 por problemas financeiros. Ele herdam, portanto, o leasing das motos Aprilia RS-GP e todo o staff técnico, além, claro dos pilotos, Miguel Oliveira e Raul Fernandez.
“Se olharmos para o aspecto econômico, na minha opinião esta é um dos campeonatos de corridas mais valiosos de todos ao alcance e atenção dos fãs de todo o mundo“, disse Justin Marks, na apresentação da equipe, que teve um novo palco montado e tudo o mais.
“A MotoGP é a segunda categoria com melhor classificação no mundo, depois da Fórmula 1. Mas a qualidade das corridas não é de forma alguma inferior a qualquer outra no mundo“, disse o novo proprietário, que visitou o paddock da categoria apenas esse ano.
“Visitei o paddock no GP da Áustria pela primeira vez e fiquei impressionado com a reação e a interação dos fãs“, disse. “Foi uma experiência que mudou a minha vida e já no voo de volta para casa começamos a nos perguntar como seria ter uma equipe de MotoGP.“
“Desde que começamos a Trackhouse, sempre quisemos ser mais do que uma equipe da Nascar. Queríamos criar algo especial, com relevância global e presença americana, mas sem quaisquer barreiras criativas ou geográficas. Mal posso esperar para trabalhar com a Dorna e a Aprilia“, completou.
Essa é a primeira vez que uma equipe origem americana ingressa na Categoria Rainha desde a estrutura de Kenny Roberts, que competiu entre 1984 e 2007. Atualmente a presença do país acontecia apenas com a American Racing Team na Moto2.
Com a nova equipe, a Dorna também espera aumentar os laços com os Estados Unidos, talvez visando uma segunda etapa no país e reacender o interesse pela categoria que, além de Roberts, teve campeões como Kenny Roberts, Eddie Lawson, Wayne Rainey e Kevin Schwantz.