As coisas não estão fáceis para os organizadores da MotoGP. De acordo com a imprensa tailandesa, os promotores da etapa optaram por não realizar a corrida em 2021 devido à pandemia. Pior ainda: o estimado GP da República Checa não deve voltar tão cedo.
De acordo com uma reportagem do jornal Bangkok Post, o governo tailandês chegou a um acordo com a Dorna Sports para pular a corrida em 2021, mas para compensar, eles estenderam seu contrato para receber a MotoGP no período de 2022 a 2026.
Depois de quase zerar sua taxa de casos em dezembro, a Tailândia também sofre com a segunda onda do Coronavírus: nada menos do que 795 novos infectados em apenas um dia, embora o total oficial de mortes seja relativamente baixo, 79 óbitos.
A matéria contém ainda alguns detalhes interessantes, ausentes em comunicados oficiais. Eles afirmam que a taxa para sediar a corrida seria de 900 milhões de Bahts durante cinco anos, o equivalente a € 25 milhões por cinco anos, ou € 5 milhões por ano. Preço inferior a outros circuitos, que variam entre € 6 milhões e € 9 milhões.
O investimento, no entanto, deu retorno. O governo tailandês disse que a corrida de 2018 gerou 3 bilhões de Bahts, ou € 83 milhões e a de 2019 3,45 bilhões de Bahts (€ 95 milhões). É possível que o circuito de Mandalika na Indonésia, (que está na reserva), substitua o GP da Tailândia em 2021.
Mas a pior notícia vem da República Checa. Além de ter ficado de fora do calendário de 2021, os organizadores do circuito de Brno anunciaram que não devem mais receber eventos de motos nos próximos anos. O motivo é a impossibilidade de recapear todo o asfalto, desejo da maioria dos pilotos e melhorar as instalações.
O GP da República Checa é conhecido por ter a maior afluência de público de todo o calendário, praticamente 200 mil durante todo o final de semana. Mas, sem sua presença devido à Covid-19, a corrida de 2020 ficou no prejuízo. E sem a perspectiva de volta no curto prazo, o custo de sediar o evento e recapear a pista ficou inviável, eles afirmam.