A Honda Racing Corporation (HRC), braço esportivo da marca japonesa estaria estudando separar-se da petrolífera Repsol na MotoGP ao final de 2020. O objetivo seria diminuir a influência espanhola na equipe e abraçar uma nova parceria com a Shell.
De acordo com informações coletadas por Günther Wiesinger, do diário alemão Speedweek, gerentes seniores da HRC confidenciaram esse plano durante o Grande Prêmio do Japão, realizado em outubro no circuito de Motegi, de propriedade da Honda.
Acredita-se que a influência dos espanhóis tenha se tornado muito grande para os japoneses, que desde 2013 empregam exclusivamente pilotos do país, como Marc Márquez, Dani Pedrosa, Jorge Lorenzo e, a partir de 2020, Álex Márquez.
Além disso, alguns importadores de países da Honda têm contratos de petróleo com outras empresas, como Mobil, Castrol e Shell, que vai estar com a equipe “Idemitsu Honda Asia” na Moto2 em 2020. Segundo o Speedweek, os japoneses gostariam de aprofundar a cooperação com a petrolífera de origem holandesa.
Alguns jornalistas também suspeitam que a Honda do Japão, não muito bem posicionada em termos de marketing e comunicação no motociclismo, quer superar essa lacuna intensificando a cooperação com a Red Bull. Márquez é um dos principais atletas da marca, mas o logotipo ocupa apenas pequenos espaços em sua moto.
Naturalmente tanto a HRC quanto a Repsol nada dizem sobre uma possível separação. O atual compromisso tem validade até dezembro de 2020, o que coincide com o término dos contratos de todos os pilotos de fábrica, incluindo Marc e Álex Márquez.
Apesar da influência espanhola, a parceria Repsol-Honda é a mais bem sucedida da história do motociclismo. Desde 1994, eles já conquistaram 15 títulos mundiais e 180 vitórias com os pilotos, Mick Doohan, Valentino Rossi, Alex Crivillé, Nicky Hayden, Casey Stoner e Marc Márquez.