As fábricas presentes na MotoGP chegaram a um consenso sobre os motores que serão utilizados a partir da temporada 2027. O deslocamento volumétrico deve mesmo ser reduzido dos atuais 1.000 cm³ para cerca de 850 cm³.
A questão foi levantada pela primeira vez na reunião da Associação das Fabricantes (MSMA) em agosto. Honda, Yamaha e Ducati se mostraram a favor, mas KTM e Aprilia ficaram contra. Mas nos últimos encontros, essas marcas também foram convencidas.
“Concordamos com a redução para 850cc. Achamos que esta é uma redução relativamente sensata“, disse Pit Beirer, diretor da KTM. “Porque se você tira 150cc, o torque e a potência são retirados desta classe. Você pode desenvolver regulamentos de muito legais com 850cc.”
“A princípio, a Aprilia gostaria de manter o motor de 1000cc. Essa também foi originalmente a nossa ideia. Mas depois de muita discussão, passamos para a direção das 850cc, o que definitivamente tem aspectos positivos“, completou.
Os motivos para a mudança são financeiros e de segurança. Eles acreditam que com um motor de 850cc, haverá mais interesse de outras fabricantes ingressarem na MotoGP. Além disso, eles buscam conter a velocidade das motos, que quebraram mais um recorde esse ano.
Não é a primeira vez que a MotoGP reduz a capacidade cúbica dos motores. Entre 2007 e 2011, eles utilizaram propulsores de 800cc, também com o objetivo de atrair fabricantes, sem muito êxito. Entre 2002 e 2006, a cilindrada máxima permitida era de 990cc.
A temporada 2027 será a primeira sem o regulamento atual, que expira ao final de 2026. Muitas de suas diretrizes gerais ainda estão em discussão, como limitar a aerodinâmica e a eletrônica. Outra diferença será a utilização de combustível 100% sintético.