Parece que nunca veremos o retorno da Finlândia a MotoGP. Após mais um adiamento, o terceiro consecutivo, os administradores do autódromo KymiRing estão agora insolventes, apurou a imprensa alemã.
De acordo com o diário alemão Speedweek, os credores do autódromo, localizado perto de Iitti, a cerca de 110 km a nordeste da capital Helsinki, reivindicaram ordens de pagamento no valor de cerca de 370.000 euros e 264.000 euros em 13 de junho, mas os proprietários não conseguiram pagar a dívida.
O jornal finlandês “Iltalehti” reportou que as construtoras “Maanrakennus Pekka Rautiainen ky” e “Macra oy” entraram com um pedido de falência no Tribunal Distrital de Päijät-Häme na terça-feira (28). Mas o CEO do autódromo, Riku Rönnholm anunciou na quarta (29) que ainda não havia recebido o pedido. Entretanto, a falência já vem sendo noticiada na rádio finlandesa.
Com cerca de 30 milhões de euros em custos, o autódromo de KymiRing começou a ser construído em 2017. Era para ser a etapa que reuniria todo o público do norte da Europa vindo de países como, Suécia, Noruega, Dinamarca, Estônia e Rússia. Os administradores receberam subsídios de 6,5 milhões de euros dos cofres do Estado.
Mas no meio do caminho aconteceram grandes imprevistos. A pista de 4,6 km nunca agradou aos pilotos, que a consideram lenta e travada demais para os padrões da MotoGP. As estradas de acesso e a área de ambulância não foram asfaltadas. Para completar, a pandemia de coronavírus interrompeu as obras e adiou a etapa três vezes. A pá de cal parece ter sido o adiamento desse ano, em decorrência das tensões com a Rússia.
Para a promoção da etapa de MotoGP desse ano, os administradores do KymiRing receberam cerca de 500.000 euros da “Lahti Events Oy”, que é 100% de propriedade da cidade de Lahti e ficou no vermelho como resultado deste acordo. Muitos ingressos já foram vendidos, o mais caro deles a 379 euros. Ainda está em aberto se o público pagante receberá o seu dinheiro de volta.