Foi realizada uma votação sobre a permanência ou não de três executivos da Harley-Davidson, incluindo o CEO, Jochen Zeitz. Muito criticados, eles chegaram a ter uma campanha para expulsá-los. Mas eles conseguiram os votos necessários. Entenda mais dessa história cabeluda aqui.
Tudo começou em 2022, quando a Harley-Davidson firmou uma parceria com a empresa de investimentos H Partners. Eles detém aproximadamente 9% das ações em circulação. Como parte do acordo, Jared Dourdeville se juntaria ao conselho de diretores em nome da empresa.
Enquanto isso, os resultados da Harley-Davidson, que já vinham ladeira abaixo, ficaram ainda piores. Os números de faturamento e vendas estão diminuindo e o Projeto LiveWire não está conseguindo decolar. De acordo com o site independente “freetheeagle.com”, desde que Zeitz se tornou CEO, o valor de mercado da H-D caiu em US$ 1,8 bilhão.
A própria H Partners propôs um CEO substituto, o que não foi respondido de forma cooperativa. Dourdeville, então, decidiu renunciar ao conselho e lançar uma campanha para impedir que os acionistas votassem na assembleia geral de acionistas, de modo que isso retiraria Jochen Zeitz, Norman Thomas Linebarger e Sara Levinson de seus cargos. Eles são considerados os principais responsáveis.
Como as demonstrações financeiras dessas empresas são públicas nos Estados Unidos, toda a novela pode ser acompanhada claramente. A Harley-Davidson respondeu rejeitando as declarações da H Partners como enganosas. Os acionistas também foram aconselhados a votar a favor da manutenção de todo o conselho.
Nesta decisiva reunião de acionistas, foi realizada uma votação sobre se os diretores poderiam permanecer no cargo. Os eleitores tinham duas opções: votar para permanecer no cargo ou se abster de votar. Os diretores precisam de mais de 50% dos votos para permanecer. Caso isso não seja possível, eles deverão submeter sua renúncia, conforme estipulava o estatuto.
O CEO Zeitz conseguiu cerca de 52% dos votos, com os diretores Linebarger e Levinson obtendo cerca de 60% cada. Devido a essa pequena margem, foi decidido que eles também sairão antes da assembleia anual de acionistas de 2026. Isso também deve acelerar a busca por novos membros para o conselho.