Lucas Carioli A Yamaha ficou sem equipe satélite para a temporada 2023 e tem poucas opções realistas para 2024. O VR46 Team, time de Valentino Rossi, é a escolha lógica. Mas eles, que competem com a melhor moto do momento, querem a Yamaha?
O diretor da Yamaha, Lin Jarvis admitiu, em uma entrevista ao Speedweek, que a ausência de uma equipe satélite pode fazer falta, não tanto para o desenvolvimento da moto, mas sim para explorar diferentes estratégias durante um fim de semana de corrida.
“Discutimos em Sepang no sábado à noite como a falta de uma equipe cliente poderia afetar a temporada de 2023”, disse Jarvis. “Não é uma desvantagem [para o desenvolvimento] mas pode haver nas corridas, quando precisamos de acertos para diferentes cenários, quando o tempo muda e a decisão de ir direto para o Q2 já está sendo tomada na sexta-feira.“
Essa é a principal vantagem da Ducati, que tem oito motos no grid em quatro equipes diferentes. “Nosso adversário italiano tem informações e dados de oito pilotos tentando coisas diferentes e testando diferentes compostos de pneus; então certamente teremos desvantagens. Essa é a minha opinião: não será prejudicial para o desenvolvimento da moto, mas será prejudicial para as corridas”.
A Yamaha em breve realizará conversas preliminares e negociações com candidatos que podem se tornar clientes em 2024 mas, de saída, há alguns obstáculos. A LCR tem contrato com a Honda até o final de 2024. A Gresini, até o final de 2023, mas não tem intenção de se separar da Ducati.
Depois de 16 anos de uma relação muito próxima, a equipe de Valentino Rossi parece realmente a única candidata possível. Mas a Mooney VR46 tem um contrato com a Ducati para 2024 e certamente vai considerar uma mudança apenas se a Yamaha voltar a ser uma moto vencedora.
“Queremos voltar com uma equipe satélite o mais rápido possível“, admite Jarvis. “Não há urgência absoluta, mas não queremos perder tempo desnecessário. “Se encontrarmos uma solução para 2024 que se enquadre na nossa estratégia para o futuro, seria bem-vinda.“
“É claro que há muitas discussões com a VR46. Trabalhamos perto deles, dirigem a nossa equipe Moto2 Master Camp, temos uma relação muito próxima com Valentino e apoiamos a VR46 Riders Academy com motos Yamaha. Faz sentido seguir esse caminho. Mas têm contrato com a Ducati para 2024“, reconhece.
Mas há uma chance. No ano passado, Rossi começou a sua carreira em carros com um Audi R8, veículo pertencente ao Grupo Volkswagen, que é proprietário da Ducati. Mas esse ano, o italiano assinou um contrato com a rival BMW, demonstrando que a ligação com Borgo Panigale não é tão sólida.
