Lucas Carioli
Melhorar a visibilidade das motocicletas para os automóveis é um dos grandes objetivos dos fabricantes, como demonstra essa patente da BMW, que utiliza tecnologia náutica para isso.
O radar está apenas começando a aparecer nas motos mais sofisticadas, mas isso também tem desvantagens, pois seu tamanho pequeno e carroceria de plástico significa que são muito menos eficazes do que os carros na reflexão de ondas de radar.
“Devido à seção transversal estreita, esses veículos têm uma pequena área de retroespalhamento. Isso torna difícil e/ou atrasa a detecção de veículos“, diz a patente descoberta pelos britânicos do Motorcycle News.
É um problema que existe em alto mar, onde pequenos barcos são tão invisíveis para o radar náutico quanto as motocicletas podem ser para os automóveis. Por isso, a BMW está buscando soluções usadas nos oceanos para se inspirar.
A ideia vista em um pedido de patente recém-publicado, propõe encaixar pequenos refletores nas extremidades da moto – guidão e na ponta dos eixos – para refletir as ondas de radar de volta no sistema que as emitiu.
Eles são semelhantes a refletores náuticos vistos no mastro de um iate. Eles trabalham com o princípio da “reflexão de canto”: ao colocar as superfícies reflexivas juntas em ângulos de 90º umas com as outras formando um arranjo esférico de caixas abertas de três lados, você cria um dispositivo que refletirá as ondas de radar diretamente de volta à sua fonte, qualquer que seja o ângulo de onde venham.
A patente da BMW diz que os refletores podem ser feitos de metal ou, para economizar peso, de plástico ou fibra de carbono com um revestimento metálico. Um segundo benefício implícito é atuarem como sliders, dobrando como barras de absorção de impacto e protetores de eixo.
Para um motociclista no trânsito, “ser visto é estar a salvo”, e a BMW não está sozinha pensando nisso. A Suzuki também entrou com um pedido de patente para um sistema refletor de radar muito semelhante. Os próximos anos serão revolucionários nesse sentido.
