Apesar da insistência dos fãs, a Kawasaki não deve voltar à MotoGP, pelo menos nas próximas temporadas. Quem garante é Ichiro Yoda, engenheiro chefe da equipe no Mundial de Superbike.
Yoda mais uma vez explicou, em uma entrevista ao site italiano Riders: “Nós não vamos ver a Kawasaki na MotoGP a curto prazo. O investimento necessário não permite isso“, apesar de a marca verde produzir, entre outros aviões, helicópteros, turbinas, usinas de energia, fábricas, estações e submarinos.
“O objetivo desse compromisso é o de vender motocicletas e outras marcas têm receitas provenientes da venda de motocicletas de alto nível para os nossos vários milhões. Para eles, a MotoGP representa um investimento de 1% do seu volume de negócios. E se nós quisermos voltar, algumas coisas precisariam ser mudadas. O regulamento agora parece muito mais aberto, mas é a realidade ainda é muito restritiva. Não se pode alinhar no grid com uma motocicleta derivada de série, por exemplo. Algumas soluções técnicas utilizadas na MotoGP como o câmbio seamless parecem ser demasiado caras para ser transferida para produção em série. Mas se a Dorna mudar de filosofia e nos deixar livres para experimentar novas soluções técnicas, então por que não?” (Ichiro Yoda)
A Kawasaki competiu na MotoGP entre 2003 e 2009. Apesar dos diversos esforços para melhorar o modelo ZX-RR, os japoneses nunca ganharam uma corrida, tendo como melhor resultado um segundo lugar com Randy De Puniet, no Grande Prêmio do Japão de 2007.
A marca de Arashi passou a competir no mundial de Superbike em 2010. E na categoria de motos de série mais prestigiada do mundo sua história tem sido bem melhor: campeões em 2013 com Tom Sykes e em 2015 com Jonathan Rea com várias rodadas de antecedência.