A Yamaha efetuou, no início de novembro, o registro da sigla “FZ-X” na Índia sugerindo que a marca dos diapasões trabalha em uma nova Adventure. A expectativa é de que seja uma motocicleta derivada da FZ25.
Como bem sabemos, FZ25 é a sigla da nossa Fazer 250, que estreou no Brasil em 2017 logo após o seu lançamento na Ásia. Por lá, onde o mercado é muito mais abrangente, a motocicleta ganhou ainda outra versão, a semi-carenada FZS-25.
A chegada de uma FZ-X é um movimento oportuno para a Yamaha. Sem uma verdadeira Adventure desde a saída da Ténéré 250, a marca japonesa está em desvantagem principalmente com relação a Kawasaki Versys X-300 e a BMW G310GS, ambas de concepção mais nova que a manjada Lander 250.
A adaptação da moderna plataforma da Fazer 250 em Adventure também não seria muito difícil, com a adoção de suspensões de longo curso, rodas raiadas de maior diâmetro, tanque de combustível com maior capacidade, para-brisa envolto em uma pequena carenagem e espaço para bagagem.
No que diz respeito ao motor, a Fazer 250 está dentro do esperado, portando um monocilíndrico SOHC com cilindro revestido de cerâmica e pistão forjado capaz de render 21,5 cv a 8.000 rpm e 2,1 kgf.m a 6.500 rotações. A curta relação de marchas poderia ser alongada para suavizar o comportamento da moto na estrada.
Em termos de equipamento, podemos esperar uma motocicleta com painel LCD capaz de informar o consumo médio, instantâneo e autonomia, com algum grau de conectividade bluetooth. A nova década praticamente torna a iluminação de LED obrigatória, assim como uma forma básica de freios antibloqueio (ABS).
E por que não pode ser uma moto maior? No segmento de médias eles já têm a ainda recente Ténéré 700, derivada da MT-07. Acima de 1000cc, a opção é a XT1200Z Super Ténéré, de saída de alguns mercados. Mas a sigla FZ-X não faria sentido aqui, a menos que a Yamaha esteja planejando ressuscitar a Fazer 1000 depois de muitos anos em uma versão crossover…