A Yamaha efetuou o registro das patentes de uma motocicleta com motor de três cilindros sobrealimentado, que pode definir a próxima geração de modelos da marca, no que concerne os níveis de emissões de poluentes.
As patentes contêm os desenhos do motor, um três cilindros em linha de 847 cm³ baseado no que equipa a MT-09. No entanto, essa versão contém inúmeras diferenças, incluindo um diâmetro menor e um curso mais longo, 73 mm x 67,5mm (78 mm x 59,1 mm originalmente), o que teoricamente melhora o torque em baixas rotações.
Soprando através de um intercooler para reduzir a temperatura do ar na admissão, o compressor visa aumentar a potência de pico para 180 cv a apenas 8.500 rpm, criando um vasto latifúndio de torque, cerca de 18 kgf.m, praticamente nivelado de 3.000 rpm a 7.000 rpm.
Além do compressor, o motor ainda conta com outras novidades, como injeção direta (queimando gasolina diretamente na câmara de combustão, antes que a vela de ignição a acenda para reduzir a chance do combustível não queimado escapar pelo escapamento) e válvulas de admissão e exaustão variáveis.
Tudo isso somado visa atender aos novos limites de emissões de poluentes, que devem ficar cada vez mais rígidos nos próximos anos e, ao mesmo tempo, tentar fazer com que os motores à combustão não percam suas capacidades de potência e torque.
Ha também desenhos da motocicleta – inclusive uma foto, que parece utilizar o chassi da MT-10, com seus alforjes laterais, bem como tanque de combustível e assento. Estima-se que, com esse motor, o modelo tenha 50% a mais de torque 12,5% a mais de potência máxima sobre o modelo convencional, embora seja 20kg mais pesado.
Trazido a luz ao motociclismo pela Kawasaki nessa década, os motores de aspiração forçada vêm sendo estudados pelas outras marcas nos bastidores. A Honda também já registrou projetos dessa natureza, assim como a Suzuki. A própria Yamaha já havia patenteado uma MT-09 com motor de dois cilindros sobrealimentado de 565 cm³.