Você já está cansado de ler histórias sobre um relançamento da Yamaha RD350, quase todos infundados. Essa aqui, no entanto, existe de verdade: veja o renascimento da lendária “viúva negra” pelas mãos de um customizador na Espanha.
Essa RD350 LC, modelo 1986 foi descoberta no evento Classics & Legends realizado em março no circuito Ricardo Tormo, em Valência. Mike, o seu proprietário preferiu atualizá-la com um design que mistura os conceitos Retrô e Café Racer, tão em voga ultimamente.
A pintura não poderia ter sido outra senão a “Speed Block”, utilizada pela Yamaha nas pistas. A cor amarela, preta e branca adorna o tanque de combustível, que permaneceu inalterado, e todo o conjunto de sub chassi, esse sim inteiramente novo e para apenas um ocupante. Para-lamas e moldura do farol são de fibra de carbono.
O motor de dois cilindros em linha e dois tempos, capazes de gerar 45 cv de pura loucura passou por algumas modificações para ficar ainda mais endiabrado. Os pistões, por exemplo, agora são forjados da marca Wiseco, as bielas foram reforçadas, o cabeçote é novo, da marca Cool-Head, o cárter é preparado e o escapamento artesanal TPR.
A refrigeração do motor também foi melhorada graças a um novo radiador dimensionado que permite evacuar mais calor ao mesmo tempo em que mantém a temperatura de funcionamento em um nível otimizado. O câmbio tem engates retos e pinhão deslocado transferindo a potência para a roda através de uma coroa Renthal e corrente Lightech.
Na parte ciclística, a RD350 recebeu componentes de diversas motos diferentes. As bengalas dianteiras invertidas Öhlins, por exemplo, são de uma Aprilia RSV4. Do mesmo modelo vieram os freios, com pinças Brembo de quatro pistões. Já o conjunto traseiro é de uma Yamaha R6, que também conta com um amortecedor Öhlins e freio Brembo, aqui, porém, de uma Moto2.
Para grudar a maior potência na pista, a RD350 recebeu aquilo que lhe faltava em sua época: pneus maiores e mais aderentes. Os escolhidos foram dois Pirelli Diablo Rosso, nas medidas 120/70/17 (dianteira) e 170/60/17 (traseira). O resultado final é uma obra de arte. Bem que a Yamaha poderia lançar essa…