Ao que tudo indica, a Yamaha YZF-R1 e sua versão de alta especificação, YZF-R1m, devem ter a sua produção encerrada na Europa ao final de 2024, após 26 anos. Os motivos são as leis de emissões do Euro5+.
Em vigor desde janeiro desse ano, o Euro5+ é o mais rígido limite de emissões já aprovado pela União Europeia. A R1 obedece apenas aos limites anteriores, do Euro5, e a imprensa britânica obteve a confirmação de que a Yamaha não vai fazer os ajustes necessários para o upgrade.
“O Yamaha Motor Group tomou a decisão de não desenvolver uma versão EU5+ da R1 ou da R1m, concentrando-se em outras estratégias de negócios e produtos de médio prazo que proporcionarão oportunidades futuras“, foi o comentário oficial da Yamaha UK.
Introduzida em 1998, a YZF-R1 recolocou a Yamaha na briga entre as melhores superbikes disponíveis na virada do milênio. Desde então, a motocicleta acumulou dezenas de títulos e vitórias em campeonatos ao redor do mundo, ganhando status cult.
O Brasil recebeu as primeiras gerações da R1, que até hoje são objeto de adoração no mercado de usadas. No entanto, a Yamaha do Brasil nunca trouxe para cá a última geração apresentada em 2015. As últimas atualizações foram feitas em 2021.
A interrupção acontecerá apenas na Europa, o que não impede que suas vendas continuem em outros mercados com regulamentações de emissões menos rigorosas. Vale lembrar, que a Yamaha R6 teve o mesmo destino, embora ainda possa ser comprada em uma versão só para as pistas.
A história pode se repetir também com a R1, que passaria a ser oferecida como uma opção totalmente focada para clientes que são pilotos profissionais e de trackdays. E o que resta ao comprador comum, que aprecia corridas mas não é piloto?
Para estes, a Yamaha já tem uma carta na manga, a nova YZF-R9, baseada na MT-09. O modelo já teve até o seu logotipo registrado e a imprensa japonesa dá como certo o seu lançamento no final desse ano. No fundo, é a mesma estratégia feita com a R6, substituída no mercado pela R7.