A Yamaha revelou o modelo 2025 da YZF-R1 destacando uma série de mudanças técnicas para tornar a superbike mais veloz do que nunca. Só tem um pequeno porém: a moto não pode mais ser emplacada e deve rodar apenas em pistas.
O anúncio do fim da R1 para as ruas já havia sido feito no início do ano e acontece em decorrência das normas antipoluição do Euro5+ nas quais a moto não mais se enquadra. As últimas unidades emplacáveis permanecerão a venda até 31 de dezembro.
A Yamaha calculou que não valia a pena o investimento para deixar a R1 adequada às novas normas de emissões, preferindo focar as suas atenções em melhorar seu desempenho. E assim foi feito, com aprimoramentos sendo feitos na suspensão, frenagem e aerodinâmica.
Os garfos dianteiros são unidades KYB de 43 mm revestidos com Kashima (apenas nas pernas superiores – não nos montantes) que apresentam ajustadores individuais para amortecimento de retorno e compressão nos tubos do garfo esquerdo e direito.
Cada garfo pode ser ajustado independentemente: o direito cuida do controle de rebote de alta e baixa velocidade e o esquerdo cuida do amortecimento de compressão de alta e baixa velocidade, tudo de forma manual, já que nas pistas de corrida controles ativos são proibidos.
Criticada por ter “freios de madeira”, a R1 2025 recebeu um conjunto inteiramente novo de frenagem, com cilindro mestre e pinças Brembo Stylema com o objetivo de melhorar a sensação da parte frontal e melhorar o desempenho na pista.
Seguindo a tendência atual das superbikes, a R1 ostenta um par de asas de fibra de carbono inspiradas na YZR-M1 de MotoGP. Elas têm como objetivo fornecer estabilidade máxima, reduzir empinadas indesejadas, aumentar a sensibilidade, a aderência e o feedback da parte frontal.
Nada mudou no venerado motor de quatro cilindros em linha com virabrequim “crossplane”, que continua com a potência máxima de 197 cv. O mesmo pode-se dizer do quadro Deltabox de alumínio, o braço oscilante de treliça ascendente de alumínio e o subquadro de magnésio.
Livre das necessidades de agradar os compradores informais, as atualizações eletrônicas foram mínimas. A centralina eletrônica de seis eixos inerciais e o acelerador ride-by-wire são os mesmos dos modelo 2024, que ainda são bastante avançados.
Duas versões serão disponibilizadas: R1 Race e R1 GYTR (Genuine Yamaha Technology Racing), já configurada para o padrão FIM de corridas Superstock. Nem pintura ela tem, sendo vendida com o pretinho básico, já que todas receberão anúncios publicitários.