A Yamaha divulgou hoje (2) um comunicado na qual explica a quebra de motor que Valentino Rossi teve na última etapa, em Mugello na Itália. Segundo os técnicos japoneses o problema foi no software eletrônico e não uma falha estrutural.
As palavras foram ditas por Kouji Tsuya, líder do projeto da Yamaha YZR-M1. O técnico explicou que o software de gerenciamento eletrônico fez o motor ultrapassar os limites de rotação no final da grande reta dos boxes de Mugello, ocasionando a quebra das válvulas pneumáticas e dos pistões.
“Na sequência da nossa investigação detalhada dos motores, dados de telemetria e sistemas relacionados encontramos a causa das falhas. Foi um problema eletrônico relacionado com o limitador de giros que finalmente resultou em danos nas válvulas e pistões. A causa para ambos, Jorge (Lorenzo) e Valentino (Rossi) foi a mesma. Para ser claro, não havia nenhum componente do motor com falhas estruturais, foi puramente uma questão de gerenciamento eletrônico.” (Kouji Tsuya, gerente do projeto da Yamaha Motor Company)
Tsuya relembrou que Jorge Lorenzo teve um motor quebrado horas antes, durante o Warm Up com o mesmo motivo. O técnico esclareceu que a unidade usada por Rossi era praticamente nova e essa é a razão deles não terem o substituído para a corrida. Também explicou que a Yamaha não aumentou as rotações para Mugello, conforme foi falado.
“A falha de Valentino foi causada por um excesso de rotações com a aceleração máxima no final da reta. Esta falha não está, de forma alguma, relacionada com o erro cometido por Valentino na curva San Donato na volta anterior. Não houve configurações de mapeamento especiais para Mugello; usamos o mesmo mapeamento preciso de sempre. Temos um forte histórico de confiabilidade do motor e este fato não muda após este incidente. Os motores não tinham problemas, mas não estávamos cientes do comportamento diferenciado que o software padronizado apresentou em relação ao ano passado. Definimos o limitador de giros usando os dados do ano passado, exatamente da mesma forma, mas não estávamos cientes de que o software poderia trabalhar de forma diferente.”
Por fim, o japonês fez questão de garantir que o problema não voltará a acontecer: “aprendemos com o incidente e já modificamos a configuração limitador de giros, por isso vai ser OK na Catalunha“, disse. “Nós ainda temos motores suficientes para o restante da temporada. Nós já concebemos uma contramedida, por isso estamos confiantes de que as falhas de Mugello não se repetirão”, acrescentou.