A Yamaha quer ter mais acessibilidade aos jovens e talentosos pilotos do Campeonato Mundial. Para isso a marca dos diapasões está estudando criar uma estrutura na Moto2 em parceria com Valentino Rossi
Ainda a procura de mais um piloto para ser companheiro de Andrea Dovizioso na equipe satélite de MotoGP, a Yamaha se vê em dificuldades, pois os melhores já estão de contrato assinado ou estão atrelados aos programas de desenvolvimento das fabricantes rivais.
Foi o que aconteceu com Raul Fernández, que escapou da Yamaha por ter contrato com a KTM, que tem equipes na Moto2 e Moto3. A marca austríaca, inclusive, já conseguiu, através desse programa de desenvolvimento, uma série de pilotos de talento, como Miguel Oliveira, Brad Binder, Iker Lecuona, Remy Gardner e Pedro Acosta.
A Honda também possui um programa que já lhe proporcionou campeões, como Casey Stoner e Marc Márquez. Eles ainda tem uma equipe ligada ao oriente, a “Honda Asia Team” focada no desenvolvimento de pilotos asiáticos. Ai Ogura é, atualmente, a grande promessa, que pode ocupar a vaga de Takaaki Nakagami em breve.
De acordo com a imprensa espanhola, a Yamaha poderia se aproveitar da proximidade com Valentino Rossi para oferecer apoio oficial à VR46 na Moto2, mas em uma equipe nova, que utilizaria a estrutura do “Yamaha Master Camp”, programa de treinamento para jovens pilotos selecionados pela marca em todo o mundo.
Vale lembrar que a VR46 estará presente na próxima temporada de MotoGP, à princípio com patrocínio árabe e motos Ducati. Mas, com as reviravoltas que aconteceram nas últimas semanas, como a demissão de Maverick Viñales, a saída da Petronas e o aparente silêncio dos sauditas, é possível que tudo isso seja revisto.
Ligado à Yamaha desde 2004, onde conquistou quatro de seus cinco títulos mundiais, Rossi equipou a estrutura da VR46 com as motos da marca desde o começo. Até o ano passado eles tinham equipe até na Moto3, onde surgiram os nomes de Francesco Bagnaia, Luca Marini, Marco Bezzechi, Celestino Vietti, Romano Fenati, entre outros.