Depois dos resultados modestos na pré-temporada e na primeira etapa do ano no Catar, a equipe Yamaha de MotoGP trabalha incessantemente para resolver os problemas da YZR-M1, principalmente no quesito eletrônica. O time está procurando profissionais na área.
De acordo com os alemães do Speedweek, nos último dia de testes, os pilotos da Ducati Andrea Dovizioso e Jorge Lorenzo completaram uma corrida inteira com um desgaste do pneu traseiro variando entre 0,8 e 1,1 kg. Por outro lado, a Yamaha M1 de Valentino Rossi já havia perdido 0,8 kg após apenas metade do percurso.
Eles também afirmam que naquela mesma noite, em uma reunião à portas fechadas, Rossi bateu na mesa e exigiu soluções aos engenheiros de Iwata. “Acho que a Ducati e a Honda estão um passo à frente em termos de eletrônica“, disse durante o final de semana da corrida na qual chegou em terceiro lugar.
Como o problema não está sendo resolvido internamente, a Yamaha oficialmente foi às compras. O perfil é claro: o contratado deve ser um especialista em eletrônica da Magneti Marelli, a fabricante da centralina eletrônica padronizada, que vem sendo utilizada desde 2016.
Essa não é a primeira vez que a Yamaha precisa trazer gente de fora de seu círculo para resolver problemas até então insolúveis. Em 2003, a chegada de Masao Furusawa reorganizou a equipe técnica e preparou o terreno para a vinda de Rossi no ano seguinte.
Em 2008, depois de ficar para trás em relação à Ducati justamente na eletrônica, eles contrataram Andrea Zugna e Cristian Battaglia, dois jovens e brilhantes engenheiros da universidade de Pádua especialistas em eletrônica. Atualmente os dois já não trabalham mais na marca dos diapasões.
