Uma das maiores críticas dos motores elétricos é a completa ausência de som que emitem, o que pode ser extremamente desconfortável para alguns – e até perigoso. Problema este que a Yamaha está trabalhando para solucionar.
Embora a marca dos diapasões ainda não tenha motocicletas ou scooters elétricas em sua linha, eles estão desenvolvendo uma unidade de tração eletrificada, que faz parte da linha automotiva “Alive” em busca de clientes que desejam utilizá-las para propulsão.
Estes “blocos de motor” destinam-se à serem montados em eixos motrizes de veículos diversos, de modo que o fabricante em questão possa construir um carro com um total de até 1200 kW/1900 HP.
É uma prática já conhecida na indústria. A Volvo, por exemplo, fez o mesmo em um passado distante para outros fabricantes de automóveis como Lexus, Lotus, Ford e Toyota oferecendo um conhecido bloco do motor V8.
Agora estamos na era elétrica e a diferença é que o bloco da Yamaha está sendo projetado para contar com o que eles chamam de “Technology for Resonating Experiences”, o que pode ser traduzido como Tecnologia para Experiências de Ressonância.
Isso significa que o engenho é capaz de produzir som através de um processador de áudio ajustado ao motor elétrico. O áudio é proporcionando por meio de alto-falantes especializados na cabine, o que é chamado de AD (acoustic design).
Eles ainda afirmam que o som pode reproduzir fielmente o ronco de um motor movido à combustão ou o gemido de alta frequência de um veículo elétrico para tornar a condução “uma experiência auditiva emocionante”.
Há uma boa chance de a Yamaha aplicar a mesma tecnologia em duas rodas, já que eles vão apresentar um scooter com motor elétrico. A Europa tornou o sinal sonoro obrigatório para veículos elétricos, mas isso só se aplica abaixo de 20 km/h.