A Yamaha divulgou essa semana o relatório anual de vendas em 2019. A marca dos diapasões comercializou cerca de 6% a menos do que em 2018 e mudanças estruturais já estão sendo implementadas.
De acordo com o relatório publicado pela marca de Iwata ontem (12), a empresa comercializou globalmente em 2019 cerca de 5,06 milhões de motocicletas, uma redução de 5,9% em comparação com o ano fiscal de 2018.
As vendas líquidas foram de 1.100,4 bilhões de ienes, uma redução de 1,6% em comparação com o ano fiscal anterior, e o lucro operacional foi de 41,8 bilhões de ienes, uma redução de 6,9 bilhões de ienes ou 14,1% sobre 2018. Isso se deve devido à diminuição nos negócios de mobilidade terrestre e robótica, aumento das despesas com estratégia de crescimento e efeitos cambiais.
Nos mercados desenvolvidos, as vendas unitárias aumentaram – principalmente na Europa, continente que teve alta de 8%. O mesmo pode ser dito em mercados emergentes como nas Filipinas e Brasil (alta de 14%).
Por outro lado, o comércio diminuiu no extremo oriente, como Vietnã, Índia e Taiwan resultando no quadro negativo geral. Nos Estados Unidos, que teve seu mercado estagnado em 2019, o quadro foi de aumento de vendas líquidas, graças aos “RVs” (veículos todo-o-terreno, off-road e motos de neve).
Ciente da necessidade de mudança, a Yamaha já anunciou uma nova estratégia de mercado (chamada de “Transformação de execução global”) que já está em curso desde o começo do ano. Os japoneses também adotaram um novo slogan de showroom, “Feel, move, Race”.
Para 2020, a Yamaha planeja manter o crescimento das vendas na Europa e no resto dos países ocidentais, mas eles redefiniram os objetivos do ano fiscal para números mais modestos. Além disso, as reformas acima mencionadas serão continuadas.
Nas economias emergentes o objetivo é a restauração do número de vendas. Eles esperam conseguir isso trabalhando com a força da marca no Vietnã. Na Índia, o foco será igual ao da Europa; nomeadamente a introdução de novos modelos. Em Taiwan, eles se concentrarão na venda de scooters elétricas, apoiando-se em sua estreita relação com a Gogoro, fabricante taiwanesa de ciclomotores elétricos.