A Yamaha, Kawasaki e outras marcas estão unindo forças para investigar o uso do hidrogênio como combustível limpo e neutro em carbono que possa ser usado em aplicações convencionais.
Incluídos no grupo também estão a Mazda, Subaru e Toyota, parceira de longa data da Yamaha, assim como a empresa de componentes eletrônicos japonesa Denso, responsável pelo desenvolvimento de sistemas de ignição, injeção direta e velas nas motos da marca.
Para expandir ainda mais as opções de produção, transporte e uso do combustível, as cinco empresas pretendem basear-se em três iniciativas. 1: participar de corridas com combustíveis neutros em carbono; 2: explorar o uso de motores a hidrogênio em duas rodas e outros veículos; 3: continuar a correr usando motores a hidrogênio.
A Toyota, inclusive, já tem um Corolla especial movido a hidrogênio que participa de uma série de corridas de resistência (Super Taikyu Series) nos circuitos de Suzuka, Autopolis e Fuji. Atrás do volante desse carro está ninguém menos que o CEO da Toyota, Akio Toyoda.
Com o compromisso firmado pela União Europeia e outras entidades governamentais de zerar os índices de emissões até 2050, as principais fabricantes correm contra o tempo para oferecer alternativas, não apenas com motores elétricos, mas também aos milhões de veículos a combustão circulando no mundo.
A Kawasaki está de olho nos combustíveis de hidrogênio desde 2010 e atualmente está desenvolvendo o primeiro combustível de hidrogênio líquido do mundo. Criado a partir do carvão marrom australiano, o combustível futurista é para estar finalizado até o final desse ano.
Já a Yamaha está desenvolvendo motores a hidrogênio para possível uso em seus veículos da série ROV (veículos off-road recreativos de quatro rodas) e outros produtos. Para acelerar o desenvolvimento dessa tecnologia, eles estão se preparando para introduzir novos equipamentos e fortalecendo sua estrutura interna de desenvolvimento.
A expectativa é de que Honda e Suzuki também pretendem se juntar ao projeto mais adiante, com as quatro grandes fabricantes japonesas explorando em conjunto a possibilidade de alcançar a neutralidade de carbono por meio do uso de motores de combustão interna em veículos de duas rodas.