A Yamaha do Brasil confirmou ontem (18) que irá trazer ao país a nova MT-03, versão naked da esportiva carenada YZF-R3. O objetivo da marca dos diapasões é bater de frente com a Kawasaki Z300.
Lançada primeiramente na Indonésia como MT-25 (de 250cc), a motocicleta teve a sua cilindrada levemente aumentada para encarar o mercado europeu, mais flexível nas tributações. A moto foi anunciada em maio do ano passado, mas o público só foi conhecê-la pessoalmente no Salão de Milão, em novembro.
É exatamente esse modelo que chegará às concessionárias brasileiras a partir da segunda quinzena de maio. O preço sugerido para a versão standard é de R$ 18.790,00 + frete e R$ 20.790,00 + frete para a versão com ABS. Serão três cores disponíveis: cores: Matt Silver (Prata fosco e Azul), Red Metallic (Vermelha e laranja) e Black Metallic (preta).
Depois da versão de 660cc, Brasil conhecerá a nova com 321cc
Os mais antigos talvez se lembrem da sigla MT-03. A motocicleta foi (ao lado da grandalhona MT-01) o primeiro modelo da família Master Of Torque a chegar ao Brasil, em 2008. Com alma trail (postura ereta e o motor monocilíndrico da XT660), a moto impressionava pelo design moderno e atual.
Apesar dos elogios da crítica especializada (principalmente no que concerne à ciclística) a antiga MT-03 deixou o mercado no início de 2009, juntamente com a tetracilíndrica FZ6 devido a um reposicionamento de mercado da Yamaha. Na Europa, no entanto, o modelo continuou em produção até meados de 2013, quando a montadora tomou uma decisão drástica.
O que a Yamaha fez foi revigorar completamente a família Master of Torque, que com novos chassis e novos motores de concepção mais moderna, seria a linha para encarar as ruas com espírito esportivo. Para isso, eles desenvolveram a MT-07 e a MT-09, de dois e três cilindros, respectivamente.
No ano seguinte, foi a vez de relançar a MT-03. O motor de de 321cc, dois cilindros paralelos e pistões forjados em alumínio é derivado da YZF-R3 e combina mais com a sigla da moto. É capaz de render 42 cv a 10.750 rpm, com um torque de 3,02 kgf.m a 9.000 rpm.
Uma moto leve e com tecnologia para fazer bonito nas ruas
A eletrônica é um ponto alto na MT-03. Uma moderna ECU de 16 Bit gerencia o sistema de admissão que, em conjunto com a injeção eletrônica, é capaz de fazer com que a mistura de ar e combustível chegue de forma rápida à câmara de combustão.
Com isso, a queima é mais eficiente, resultando em consumo de combustível mais equilibrado e uma entrega de potência mais expressiva. Na prática, dá para perceber isso nas respostas rápidas do acelerador, na força em baixas e médias rotações e na empolgante sensação nos giros mais altos.
O chassi é praticamente o mesmo da R3, ou seja, do tipo diamante de aço. Apesar disso a moto é bem leve, com 166 kg na versão standard e 169 kg com ABS. As suspensões são convencionais, com garfos de 130 mm de curso na dianteira e um monoamortecedor com sete regulagens na pré-carga da mola, permitindo o ajuste de acordo com o peso, terreno ou tipo de pilotagem. O curso é de 125 mm.
Os freios são compostos por um disco ventilado do tipo flutuante, com de 298mm de diâmetro e pinça de duplo pistão na dianteira. Atrás, disco único (ventilado) de 220mm e pinça com pistão único.
As rodas em liga leve com 17 polegadas de diâmetro e 10 raios são as mesmas da R3, assim como os pneus radiais tubeless, cujas medidas são de 110/70 – R17M/C 54H na dianteira, e 140/70 – R17M/C 66H na traseira. O tanque de combustível tem capacidade de 14 litros.
A ergonomia ganhou atenção especial com ênfase à um maior conforto, como em todas as motos da linha MT. Seu assento está a apenas 780 mm do solo, o que torna mais fáceis os deslocamentos com a moto parada. O guidão (19 milímetros mais perto do piloto e cerca de 39 mm mais alto que a irmã R3) permite disposição mais ereta e relaxada.
A iluminação do painel é em LED e indica a velocidade, marcha utilizada, nível do combustível, temperatura do motor, relógio, odômetro total e dois parciais, momento da troca de óleo, autonomia e consumo médio e instantâneo.
Há também um shift light, que pode ser ajustado facilmente de acordo com a preferência do condutor, seja no nível de luminosidade (com três opções), na forma de acendimento (intermitente, strobe ou fixa), ou na rotação desejável a partir dos 7.000 rpm. A lanterna traseira também é iluminada por leds.
O objetivo da Yamaha é enfrentar em condições de igualdade a Kawasaki Z300, sua rival direta que também deriva da esportiva (e muito bem aceita) Ninja 300. A moto verde é ligeiramente mais barata (R$ 17.900,00 em SP), mas a marca dos diapasões tem mais presença de mercado para emparelhar a disputa. Vai ser bonito de ver!