A Yamaha causou sensação ao apresentar esta noite (16) em Milão, na Itália a MT-10. Baseada na consagrada YZF-R1, a naked impressiona pelo design agressivo e ultra moderno.
A expectativa de que a marca dos diapasões iria lançar um novo modelo da série MT já existia, entretanto pouco se sabia a respeito. A MT-10 possui o mesmo motor de 998 cm³, quatro cilindros em linha com virabrequim “crossplane” da R1, porém reajustado pra um maior torque em baixos e médios regimes.
O quadro, em dupla trave de alumínio também é o mesmo da R1, entretanto com um entre-eixos mais curto, com 1.400 milímetros, graças a um braço oscilante igual, porém mais curto. As duas motos compartilham suspensão, pacote eletrônico (menos a IMU) e rodas.
A parte eletrônica, como era de se esperar, inclui controle de tração ajustável em três níveis, três modos de pilotagem, ABS, embreagem deslizante além de um cruise control (piloto automático), inédito na categoria naked.
Apesar das semelhanças com sua irmã das pistas, a posição de pilotagem é radicalmente diferente, mais ereta, graças ao guidão mais alto e largo, característicos da série MT. Entretanto, o que chama mesmo atenção na MT-10 é o seu design minimalista, mas extremamente agressivo.
Sem as carenagens da R1, a Yamaha tratou de lapidar o design de acordo com a filosofia da série MT, “Rise Your Darkness” (revele seu lado obscuro). A MT-10, portanto ficou com um olhar ameaçador, ressaltado principalmente pelo conjunto óptico dianteiro que lembra um ciborgue. A rabeta é mínima expondo totalmente o largo pneu traseiro.
A MT-10 foi apresentada pelo campeão da MotoGP em 2015 Jorge Lorenzo, que subiu ao palco pilotando a moto ao lado de seu colega de equipe, Valentino Rossi. O italiano, por sua vez, chegou com uma XSR900. A Yamaha ainda não anunciou o preço ou disponibilidade no Brasil.
Yamaha MT-10 – Principais características
Motor – É o mesmo da YZF-R1S, a versão mais barata da superbike. Possui, portanto, bielas de aço ao invés de titânio como a R1m e R1 standard, à venda. Outros ajustes foram feitos, como uma reprogramação da centralina eletrônica para um maior torque em baixas e médias rotações. A árvore de manivelas também foi otimizada, assim como o escapamento, que também é diferente. A potência não foi informada, mas esperamos algo em torno dos 180 cv.
Modos de pilotagem – o Yamaha ‘D-MODE’ oferece ao piloto três opções de modos de pilotagem: ‘Standard’, o modo mais neutro, ‘A’, que libera toda a potência e ‘B’ o mais amarrado, ideal para dias chuvosos e piso escorregadio.
Sistema de Controle de Tração (TCS) – São três modos de controle de tração: o Nível 1 oferece o mínimo de intervenção, o nível 2 é para a condução normal na rua, e o nível 3 é destinado para condições de baixa aderência. Qualquer derrapagem do pneu traseiro é detectado pelo YCC-T, que controla automaticamente a abertura do acelerador, o ponto de ignição e volume de injeção de combustível para restaurar a tração correta.
Cruise Control – Apesar do visual agressivo, a Yamaha também quis deixar a MT-10 confortável para longas viagens, por isso disponibilizou um piloto automático, a partir da 4ª, 5ª e 6ª marchas entre 31 e 112 mph. O dispositivo é automaticamente cancelado, ativando os freios, embreagem ou acelerador.
Suspensões – As bengalas dianteiras da MT-10 são da marca KYB, com 43mm de espessura, invertidas e com 120 milímetros de curso. Atrás, um mono amortecedor da mesma marca. Ambos são totalmente reguláveis e oferecem um compromisso médio entre conforto e esportividade.
Freios – a roda dianteira possui dois discos flutuantes de 320 milímetros com pinças Nissin de quatro pistões. O disco traseiro possui 220 milímetros com pinça deslizante. O ABS é de série.
Painel – Inteiramente em LCD, o painel é centralizado ao contrário da MT-09. A leitura inclui velocímetro, tacômetro, indicador de combustível, hodômetro, indicador de posição da marcha, modo de pilotagem, e muito mais. Há também um shift light programável, além de todas as luzes espia usuais.
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