A Yamaha apresentou hoje (15) os modelos 2020 da YZF-R1 e YZF-R1m. Embora não possam ser consideradas de uma nova geração, as superbikes japonesas foram atualizadas em todas as áreas para continuar competitiva em um segmento concorridíssimo.
Apresentadas no circuito de Laguna Seca, que recebeu o Mundial de Superbike no último final de semana, as novas R1 tiveram o seu motor de 998 cm³ e quatro cilindros em linha totalmente retrabalhado para se enquadrar às novas leis antipoluição do Euro5, que passam a vigorar no ano que vem.
Isso significou um novo cabeçote e um novo sistema de admissão completo com quatro catalisadores (dois na entrada e dois na saída), novos bicos injetores de combustível Bosch de 10 furos (para um ângulo de pulverização mais amplo proporcionando uma queima mais eficiente), balancins atualizados e novos lóbulos no comando, que proporcionam uma operação de válvula mais estável em altas rotações.
Apesar das alterações, a potência final permaneceu praticamente inalterada: 197 cv a 13.500 rpm, com um torque máximo de 11,5 kgf.m a 11.500 rotações. Mas a marca dos diapasões disse que a nova R1 proporciona uma sensação maior controle e potência, graças à introdução de um novo sistema de acelerador eletrônico (Ride-By-Wire), que elimina completamente a necessidade de cabos e, portanto, economiza peso.
Na ciclística, a YZF-R1 recebeu um novo jogo de bengalas KYB de 43mm com novas configurações de amortecimento. O mesmo pode ser dito sobre os amortecedores de direção e traseiro. Os pneus são Bridgestone Battlax RS11. Os discos dianteiros de 320mm são mordidos por pinças Nissin com novas pastilhas de freio.
Em termos de design, pouco parece ter mudado na YZF-R1 à primeira vista, mas basta uma olhada mais de perto para constatarmos que não é bem assim. A carenagem foi inteiramente revista e está melhor integrada ao tanque de combustível e ao novo painel digital em TFT. Na traseira, há saliências parecidas com asas inspiradas nas M1 de MotoGP. Segundo a Yamaha, o ganho aerodinâmico foi de 5%.
Leia também
Ducati apresenta Panigale V4 25º Anniversario 916. Confira as fotos
Harley-Davidson finalmente divulga (todas) especificações técnicas da LiveWire
BMW celebra 50 anos de produção de motos com nova versão da R nine T
Eletronicamente, a R1 também recebeu uma atualização considerável. Um novo sistema de freio-motor foi introduzido e o ABS em curvas pode ser customizado. Isso significa que os pilotos podem agora selecionar um modo para melhor frenagem em linha reta, na vertical, ou em curvas, onde o tempo de intervenção aumenta com ângulos de inclinação mais acentuados.
Além disso, o controle de largada foi reconfigurado para ativar a 9.000 rpm com uma abertura de acelerador de 41 graus, o que proporciona arranques mais rápidos e precisos, segundo a Yamaha. Tudo isso é controlado e visualizado no painel digital em TFT.
Yamaha YZF-R1m
Quem busca desempenho profissional deve dirigir-se diretamente para a Yamaha YZF-R1m, que possui uma série de peças em fibra de carbono para deixá-la ainda mais leve, como carenagens laterais, para-lamas e rabeta, além do sub-quadro traseiro. A parte de baixo é de titânio.
A suspensão é um conjunto Öhlins com novos garfos ERS NPX pressurizados a gás, que reduzem a cavitação e a pressão negativa no curso de rebote. O amortecedor traseiro eletrônico também possui configurações de pré-carga modificadas. Enquanto isso, as rodas são de magnésio, mais leves.
A Yamaha também produziu uma série de aplicativos para acompanhar a nova moto, permitindo que os pilotos produzam suas próprias configurações ideais com facilidade. O “YRC”, por exemplo, permite que os usuários controlem os sete sistemas eletrônicos para garantir que eles forneçam o nível preferido de interferência. Alguns controles podem ser desligados completamente.
Já o app “Y-TRAC” permite que os proprietários acessem a Unidade de Controle de Comunicação (CCU) da motocicleta para baixar uma série de dados para seu celular. Isso pode ser visualizado em uma renderização do Google Maps de uma faixa, exibindo informações, incluindo aceleração e forças G.
Para realçar a aura de exclusividade, cada unidade terá uma placa gravada sobre o tanque de combustível com um número de série exclusivo. As motocicletas estarão disponíveis nos Estados Unidos e na Europa a partir de setembro nas cores azul e preta. O preço anunciado (apenas no mercado norte-americano) foi de US$ 17.399 para a R1 e US$ 26.099 para a R1m.