A Yamaha apresentou hoje (17) o modelo 2021 da YZF-R6 na Europa. A boa notícia é que a lendária supersport continuará sendo fabricada durante o Euro5. A má notícia é que será apenas uma versão para as pistas de corrida, ou seja, não poderá mais ser emplacada.
Era uma notícia de certa forma esperada, já que no próximo ano todos os modelos novos vendidos na Europa devem obedecer às normas antipoluição mais rígidas do Euro5, o que obrigaria a marca dos diapasões a fazer mudanças no motor de quatro cilindros em linha da R6.
Mudanças que custam caro em termos de pesquisa e desenvolvimento e não valem mais a pena devido aos baixos volumes de vendas da classe supersport. Mas, como a R6 venceu, esse ano, tanto no campeonato britânico quanto no mundial (uma conquista notável), a Yamaha não quis apagar totalmente a luz da motocicleta.
Na verdade, não é uma solução muito diferente do que a Triumph fez com a Daytona 765 Limited Edition e já acontece há muito tempo com os modelos de motocross de dois e quatro tempos, que podem rodar livremente em circuitos fechados. Parece que esse é o destino dessas máquinas gloriosas.
A YZF-R6 Race vem standard, para que pilotos e equipes possam mexê-la como quiserem. Livre das obrigações do Euro5, o motor de 599 cm³ com pistões forjados e válvulas de titânio rende 118 cv. O chassi é de alumínio, o subquadro de magnésio, os freios são os mesmos da R1 e a suspensão é fornecida pela KYB. Tudo de primeira.
Àqueles que procuram peças genuínas, a marca vai disponibiliza um kit GYTR “Estágio 1” que transforma a motocicleta em uma máquina de pista graças a inclusão de 20 acessórios, como escapamento Akrapovic, relação de transmissão diferente, ECU remapeada, chicote de fiação novo, assento especial e outros.
Não que isso fará muita diferença para mercado brasileiro, que não viu nem a cor da última R6 introduzida em 2016. Mas os que moram na Europa, possuem carteira de habilitação e dinheiro sobrando na conta (combinação difícil de equacionar), ainda há chance de comprar uma R6 “de rua” nas concessionárias pois, graças à pandemia, as vendas foram prorrogadas até acabarem os estoques.