Depois de dominarem a MotoGP, os apêndices aerodinâmicos nas motos estão chegando ao Mundial de Superbike (WSBK). Mas os organizadores já anunciaram medidas para limitar a sua utilização na próxima temporada do campeonato.
Anunciadas na semana passada, as novas regras limitam a quantidade de movimento disponível às peças aerodinâmicas ativas, dinâmicas ou móveis. Ou seja, asas móveis serão restritas à amplitude de movimento usada no modelo de série, mesmo que as peças permitam maior liberdade de movimento.
O objetivo é impedir que as fabricantes construam uma carenagem com asas fixas no modelo de série, mas com espaço suficiente para que se transformem em móveis no modelo homologado para o campeonato.
Ao contrário dos modelos fixos, as asas com angulação móvel permitem maximizar a força descendente em velocidades mais baixas e depois, alterando o seu ângulo, minimizar o arrasto desnecessário em velocidades mais altas.
As restrições são uma resposta aos registros de patentes de aerodinâmica móvel que a Honda desenvolveu para a nova CBR 1000RR-R Fireblade. O modelo apresentado no Salão de Milão, entretanto, apresentava um conjunto de asas fixas nas laterais da motocicleta.
A Honda Racing Corporation (HRC) parece decidida em voltar a brigar pelo título no Mundial de Superbike e vem realizando uma série de investimentos para isso. Mas, com as novas regras, se eles optarem por introduzir uma versão de homologação da CBR1000RR-R, suas asas serão limitadas à amplitude de movimento do modelo de produção.
O comunicado à imprensa continha várias outras mudanças, mas a maioria eram apenas pequenos ajustes e atualizações das regras. A temporada 2020 do Mundial de Superbike começa entre 28 de fevereiro e 1º de março com o GP da Austrália.