A pré-temporada do Mundial de Superbike já está quase terminando e a Honda ainda não havia dado as caras. Mas, no último final de semana, a marca japonesa finalmente revelou a sua equipe para competir, de maneira oficial, na temporada 2019 do principal campeonato de motos de produção do mundo.
A apresentação aconteceu na Austrália, há poucos quilômetros do circuito de Phillip Island, onde estão sendo conduzidos os últimos testes coletivos antes da primeira etapa da temporada, que acontece já no próximo final de semana (22-24 de fevereiro).
A motocicleta será como era de se esperar, uma CBR1000RR Fireblade com especificação de homologação (SP2), disponível desde o lançamento da última geração da superbike em 2016. Seus pilotos serão o britânico Leon Camier e o experiente japonês Ryuichi Kiyonari.
Camier, de 32 anos, já estava na Honda desde o ano passado, quando herdou a difícil missão de substituir o falecido Nicky Hayden. O britânico já tem nove temporadas de experiência no campeonato, competindo em nomes como Aprilia, Suzuki, BMW, MV Agusta.
“É uma grande honra participar deste projeto com o apoio da Honda e a experiência da Moriwaki e Althea”, disse Camier. “Tudo é novo, é claro, e isso significa que temos muito trabalho a fazer, mas acho que temos um bom potencial e estou animado, será bom sair para a pista com nossos rivais esta semana e entender onde estamos”, espera. “Há muito para se trabalhar, a moto foi desenvolvida em um campeonato diferente, mas estamos prontos para o desafio, nosso principal objetivo é melhorar a corrida por corrida.”
Kiyonari, de 36 anos, é um velho conhecido de todos que acompanham motociclismo. O audacioso japonês chegou a competir na MotoGP (em 2003) e no WSBK entre 2008 e 2009, mas suas maiores proezas aconteceram no campeonato britânico (BSB), onde conquistou três títulos e nada menos do que 50 vitórias.
“Estou muito animado por ter a oportunidade de voltar ao Mundial de Superbike e eu agradeço Honda, Moriwaki e Althea por sua confiança em mim. Muita coisa mudou no campeonato desde a última vez que competi, em 2009. Acho que o nível é agora muito maior, com muitos pilotos fortes”, disse Kiyonari. “Estou muito motivado e acho que, juntos, podemos trabalhar para alcançar bons resultados”, espera.
Depois de 17 anos de ausência, a Honda anunciou, no final do ano passado, que estaria retornando ao Mundial de Superbike de forma oficial, através de uma parceria com a equipe Althea e a construtora Moriwaki. O nome oficial passa a ser, portanto, Moriwaki Althea Honda.
A última vez que a Honda Racing Corporation (HRC) havia competido em primeira pessoa no Mundial de Superbike havia sido em 2002, quando foram campeões com Colin Edwards. Desde então, apenas entregava seu material a uma equipe particular, a holandesa Ten Kate, que foi dispensada dessa nova fase.