O acidente entre Jonathan Rea (Kawasaki) e Toprak Razgatlioglu (Yamaha) no GP da Holanda de WorldSBK propiciou a Iker Lecuona (Honda) conquistar o seu primeiro pódio no campeonato.
Lecuona foi dispensado da Tech3 KTM na MotoGP no final de 2021, depois de apenas duas temporadas onde mostrou velocidade, mas muitos acidentes. Sem muitas opções, o espanhol aceitou o convite da Honda para liderar a equipe de fábrica no Mundial de Superbike, após a saída de Alvaro Bautista.
Não se esperava muito de Lecuona, mas na primeira etapa, realizada em Aragão, o piloto de 22 anos já conseguira um sexto e nono nas duas corridas principais do fim de semana. No GP da Holanda, realizado no último domingo (24), o espanhol até chegou a liderar brevemente a corrida 2 após o acidente de Rea e Razgatlioglu.
“Esse pódio é muito importante. Venho de dois anos no MotoGP. Ganhei muita experiência, mas lutei muito e não consegui me divertir na moto. Às vezes, sim, pude aproveitar, mas normalmente não“, admitiu Lecuona. “Muita mídia e também a KTM não ajudaram ou acreditaram em mim. E foi neste momento que cheguei aqui.“
Mas Lecuona mantém os pés no chão: “Sei que se todos permanecerem na pista, minha posição é P5“, reconhece. “Mas se um piloto cair eu posso ter algum lucro, não? Se numa corrida me sentir melhor e terminar no pódio, não é mau. Mas é verdade que preciso manter a calma porque precisamos desenvolver mais a moto.“
A polêmica saída de Rea e Razgatlioglu também proporcionou que o segundo piloto da Yamaha (e outro imigrante do Campeonato Mundial), Andrea Locatelli chegar ao pódio, na segunda posição. A vitória ficou com Alvaro Bautista, que lidera o campeonato em seu retorno à Ducati.