Iker Lecuona está completamente convencido de que a Honda quer ter sucesso no WorldSBK. O espanhol afirma que os japoneses lhe dão ouvidos, estão trabalhando bastante e acha até que uma nova moto virá no próximo ano.
Lecuona está realizado sua primeira temporada no WorldSBK após dois anos muito difíceis na MotoGP com a equipe Tech3 KTM. Mas no Mundial de Superbike, o espanhol de 22 anos tem se mostrado bem mais à vontade, andando frequentemente entre os cinco primeiros e até pegando um pódio em Assen.
“Eles ouvem muito o que eu e Xavi Vierge [seu companheiro de equipe] estamos dizendo e tentam entender os problemas para nos ajudar a pilotar melhor e ser mais competitivos. Há sempre vários engenheiros japoneses em nossa garagem, e eles nos ajudam a entender como melhorar a moto e no que trabalhar no Japão. Eles dão tudo de si, 100%, para que a nossa CBR seja um sucesso”, afirmou Lecuona ao Moto.it.
Para Lecuona, as maiores dificuldades da Honda vem do fato de a fabricante competir com uma motocicleta derivada do modelo de produção, enquanto a Ducati Panigale V4 é derivada da MotoGP, veio para as ruas e depois foi para o WorldSBK. O espanhol acha que a Honda pode tomar um caminho parecido ano que vem.
“E esse é o nosso maior problema. Motocicletas como a Panigale V4 foram projetadas para a pista e adaptadas à estrada, enquanto a Honda produz motos de rua que devem ser adaptadas à pista. É uma filosofia diferente. Há coisas que podemos modificar ou mudar, mas outras que devem permanecer como estão e isso dificulta a tarefa dos nossos engenheiros. A minha impressão é que no próximo ano a Honda vai criar um modelo novo e mais avançado da Fireblade, precisamente para resolver alguns dos problemas que nos limitam na base“, acredita.
Lecuona também contou porque está gostando mais de correr no WorldSBK: “Eu venho do motard e por isso gosto que a moto se mova, gosto de controlar os drifts e aproveitá-los para ir ainda mais rápido. Ir a todo vapor nas curvas de Assen e sentir a moto deslizar é uma sensação única“, afirma. “Na Superbike você tem uma margem de erro maior. Na MotoGP, se cometer um erro, sua corrida acabou“.