Lucas Carioli
Apesar da introdução da CBR1000RR-R, a Honda ainda não está dominando o Mundial de Superbike como esperava. Mudanças podem acontecer em 2022, e uma delas seria a saída de seu principal piloto, Alvaro Bautista.
Quando estreou no campeonato com a então novíssima Ducati Panigale V4R em 2019, Bautista subiu ao pódio 24 vezes, 16 delas como vencedor e foi vice-campeão mundial. No entanto uma oferta milionária da Honda o convenceu a mudar de equipe. Sua saída foi marcada por farpas públicas com o CEO da marca italiana, Claudio Domenicali.
Desde que estreou na Honda em fevereiro de 2020, Bautista disputou 42 corridas conquistando apenas um pódio no GP de Aragão em 30 de agosto do ano passado, quando terminou em terceiro na segunda corrida principal. Resultados muito pobres para uma equipe que quer voltar a ser campeã mundial, o que não acontece desde 2002.
“As próximas corridas serão muito importantes, espero atualizações“, disse Bautista em entrevista ao Speedweek. “Vamos ver se podemos dar um passo significativo. Depende da Honda o que eles querem fazer para me manter“, completou o piloto de 36 anos campeão nas 125cc em 2006.
Bautista afirma que tem a proposta de uma outra equipe para 2022 sem revelar qual. A Kawasaki está fechada com Jonathan Rea e Alex Lowes. O mesmo acontece na Yamaha de Toprak Razgatlioglu. A BMW provavelmente continuará com Tom Sykes e Michael van der Mark. Apenas a Ducati ainda não anunciou a renovação de Scott Redding.
“Onde há fumaça, há fogo. Eu tenho uma oferta de outro time na mesa. Ainda tenho a sensação de que, como piloto, sou bom o suficiente para vencer corridas. Por isso quero uma moto e uma equipe que possa vencer. Temos muitas ideias para melhorar a moto. Mas, fora isso, também existem possibilidades para mim“, disse Bautista. “Esta temporada e a última foram muito estranhas por causa da Covid-19. Uma coisa é certa: a Honda é muito boa e está muito comprometida com este projeto. Não é verdade que estou saindo da Honda. Mas também não é 100% certo que vou ficar. Comecei um novo projeto com a Honda, não quero começar de novo“, ressaltou.
No atual campeonato, Bautista ocupa apenas a 11º posição com 84 pontos. Seu companheiro de equipe Leon Haslam vem em 13º, com 68. O líder é Jonathan Rea (Kawasaki) com 266, apenas três a frente de Toprak Razgatlioglu (Yamaha) em uma das temporadas mais disputadas dos últimos anos.
