A organização do WorldSBK anunciou que a Ducati vai ter que limitar as rotações de seus motores em 250 rpm mais baixas a partir da próxima etapa, na Catalunha. Os giros extras serão disponibilizados para a Kawasaki.
Devido ao domínio apresentado por Alvaro Bautista nas primeiras corridas do ano, todas as Ducati Panigale V4R terão suas rotações diminuídas de 16.100 rpm para 15.580 rpm. Por outro lado, a Kawasaki receberá esses giros, passando de 14.600 rpm para 14.850 rpm.
Introduzida há alguns anos para frear o domínio da Kawasaki frente à Ducati, o algoritmo que limita as rotações máximas no WorldSBK é uma medida para tentar igualar as condições das motos de dois e quatro cilindros, embora atualmente todas sejam de quatro cilindros, em linha ou em V.
O algoritmo é baseado no desempenho do motor de cada motocicleta em sua configuração de fábrica, aquela disponível nas concessionárias. A partir daí, calcula-se uma média de rotações por minuto (rpm) e aplica-se a ela uma porcentagem extra que é o limite que o motor pode girar.
O limite pode variar ao longo da temporada de acordo com os resultados obtidos por cada fabricante, com o objetivo de manter a competitividade e foi de grande utilidade para a Ducati, que conseguiu igualar o jogo com a Kawasaki quando introduziu a Panigale V4R em 2019.
Mas agora é a Ducati quem está dominando, com Bautista conquistando oito vitórias nas nove corridas realizadas até o momento, além de dois pódios para seu companheiro de equipe, Michael Ruben Rinaldi. Nesses casos, a comissão técnica revisa o algoritmo e estabelece um novo limite.
Além disso, cada fabricante acumula uma série de pontos de concessão de acordo com os resultados dos seus pilotos, podendo posteriormente trocá-los por ‘tokens’ que lhes permitem trabalhar em áreas não permitidas no chassi e motor. Veja como ficará as rotações a partir de agora.
- BMW M1000RR 15.500 rpm
- Honda CBR1000RR-R 15.600 rpm
- Ducati Panigale V4R 15.850 rpm
- Kawasaki Ninja ZX-10 RR 14.850 rpm
- Yamaha YZF-R1 14.950 rpm.