Os dirigentes do World Superbike anunciaram hoje (26) mudanças importantes no regulamento para tornar o principal campeonato de motos de série do mundo mais competitivo em 2018. Faz dois anos que só Kawasaki e a Ducati vencem no certame.
A última vitória diferente aconteceu quando Leon Haslam venceu o Grande Prêmio do Catar de 2015 pela Aprilia, marca que atualmente está na MotoGP. Nessas três temporadas, Jonathan Rea conquistou três títulos consecutivos.
As medidas possuem um caráter flexível, ou seja, podem ser introduzidas ou retiradas de acordo com o desempenho de cada montadora, a fim de conter ou estimular a performance ao longo do ano. As mudanças que serão introduzidas são:
Limite de RPM’s
A organização pretende conter qualquer desempenho de motor exageradamente superior através do limite de rotações. Cada montadora iniciará a temporada com um limite pré-estabelecido pela FIM, podendo ser alterado em vários pontos ao longo da temporada, dependendo do desempenho.
Concessões variáveis
O desenvolvimento do motor também será controlado através de um sistema de concessões baseado em pontuação. Por exemplo, no regulamento do ano que vem, Kawasaki e Ducati teriam o trabalho em seus propulsores congelados, enquanto as demais permaneceriam trabalhando normalmente.
Isso significa que essas montadoras poderiam introduzir novidades em seus motores, como válvulas variáveis ou novos virabrequins enquanto Kawasaki e Ducati teriam que ficar paradas. Os pontos das concessões serão somados por pódios conquistados em momentos chave ao longo da temporada.
Teto de preço para motor, quadro e suspensão
Também foi aprovado uma espécie de controle geral e preço limite para vários componentes chave da motocicleta, como quadro, suspensão, braço-oscilante e componentes do motor. Essas peças terão de ser aprovadas pelos organizadores, e de acordo com a FIM, isso garante a disponibilidade para todas as equipes.
Nada foi falado sobre a introdução de uma centralina eletrônica padronizada, tal qual já foi introduzida na MotoGP. Após a oposição veemente de algumas montadoras, esse detalhe parece ter sido colocado de lado. Entretanto, segundo a imprensa europeia, o assunto voltará a ser discutido durante a temporada 2018.