A equipe Aramco VR46 deveria ter realizado uma entrevista coletiva ontem (25) detalhando os planos para entrar na MotoGP em 2022. Mas nada aconteceu e já se questiona se os árabes vão mesmo patrocinar a equipe de Valentino Rossi na próxima temporada.
Anunciada em junho, a entrada da equipe VR46 na MotoGP tornou-se possível graças à amizade que o piloto e sua comitiva tem com o Príncipe Árabe, Abdulaziz Bin Abdullah Bin Saud Al-Saud. Este resolveu investir no time através da sua empresa, a Tanal Entertainment Sports & Media, colocando o patrocínio da petrolífera Aramco nas motos.
Na quinta-feira da semana passada, o Príncipe revelou o preço do acordo: 18 milhões de dólares por cinco temporadas, totalizando, US$ 90 milhões de investimento, cuja primeira parcela deveria ter sido paga agora. Até o momento, no entanto, não foi feita nenhuma declaração do governo saudita nem da VR46.
Segundo o GPone, mesmo que o acordo com a Tanal não se concretize, a entrada da VR46 na temporada 2022 aconteceria de qualquer forma. Eles afirmam que Rossi e cia tem um “plano B”: um grupo de sócios pronto para investir no projeto e que já estava sendo trabalhado antes mesmo da chegada dos árabes.
Também na semana passada, descobriu-se que o que o Príncipe realmente desejava era comprar integralmente a equipe VR46 (incluindo sua academia). Com 100% de investimento árabe, Rossi não teria mais a decisão final sobre questões vitais da empresa. Sua negativa a esse acordo pode ter emperrado o negócio.
Seja como for, a equipe VR46 tem agora pouco tempo para se preparar. A temporada 2021 estará encerrada em cerca de três meses e eles não podem atrasar muito mais os preparativos para 2022, como reservar as duas motocicletas Ducati que utilizarão, além de iniciar a instalações de sua nova infraestrutura.