Maverick Viñales (Aprilia) e Alex Márquez (LCR-Honda) tem duas coisas em comum no GP da Alemanha de MotoGP disputado ontem (19) em Sachsenring. Ambos abandonaram a prova por falhas no sistema de regulagem da suspensão traseira em alta velocidade.
Viñales vinha realizando a sua melhor corrida pela Aprilia até então, seguindo de perto o seu companheiro Aleix Espargaró na quarta posição quando seu dispositivo de altura traseiro quebrou na volta 18. O espanhol teve que voltar lentamente para os boxes onde abandonou.
“O dispositivo quebrou e não conseguimos colocar de volta [no lugar]. Infelizmente não pude continuar assim. É por isso que eu tive um deslize selvagem sobre a roda dianteira na curva 8. Era muito perigoso“, disse Viñales, que teve a falha a mais de 180 km/h. Apesar disso, o espanhol se mostrou feliz com o desempenho na corrida.
Antes disso, Alex Márquez teve uma falha semelhante. Após largar apenas em 16º, o irmão de Marc Márquez ocupava as últimas posições quando teve que encostar após seis voltas. Sua Honda RC213V teve um problema com o dispositivo de altura traseiro que continuou a deteriorar-se ao longo da corrida.
“Infelizmente, a minha corrida terminou mais cedo do que esperava. Desde a primeira volta tive um problema técnico que me impossibilitou de pilotar. Por isso tive que parar“, disse Alex. A Honda teve corrida péssima, com três de seus quatro pilotos abandonando e nenhum ponto somado, algo que não acontecia desde 1982.
Criado pela Ducati para melhorar a estabilidade da motocicleta nas retas, o sistema agora é via de regra para todas as equipes. Mas, quando acionado de forma imprevista, o dispositivo pode criar situações perigosas, como essas. No entanto, a comissão dos Grandes Prêmios já o proibiu para 2023.