Em 1988, Kevin Schwantz colocou a sua Suzuki RGV 500 do Campeonato Mundial no lendário – e mega perigoso – Grande Prêmio de Macau, onde não apenas conseguiu a vitória, como arrasou.
Realizado anualmente no mês de novembro, o Grande Prêmio de Macau é disputado no chamado “Circuito da Guia” um percurso de aproximadamente 6 quilômetros pelas ruas da cidade estado de Macau, na costa sul da China. Acolhe várias provas de automóveis e uma de Superbikes.
Classificado como uma corrida de rua/estrada, o Grand Prix de Macau geralmente atrai apenas especialistas nesse tipo de competição, como John McGuinnes e Robert Dunlop. Poucos foram os pilotos de circuitos permanentes a arriscarem o pescoço entre postes de luz, árvores, meio-fio e muros.
Com apenas 24 anos na época, Schwantz realizava a sua primeira temporada completa nas 500cc e, sabe-se lá como, conseguiu obter a aprovação da Suzuki para cruzar o mundo e disputar a prova. Melhor ainda, o norte-americano foi autorizado a entrar na pista com sua habitual RGV500 de dois tempos e o icônico livery da Pepsi.
Naquele tempo, as motocicletas esportivas de 4 tempos ainda estavam longe de alcançar a performance das “unrideables” 500cc de dois tempos utilizadas no Campeonato Mundial. Isso, mais o seu talento extra classe, fizeram Schwantz sumir na ponta assim que a luz verde se acendeu.
A vantagem foi tanta que Schwantz passou o resto da corrida claramente se divertindo, com direito a wheelies, acenos e tudo o mais. Quando cruzou a linha de chegada estava mais de 10 segundos à frente do segundo colocado. Dá para imaginar uma coisa assim hoje em dia? E isso foi antes de ter se tornado campeão mundial.